Após caso de peste bubônica, China fecha locais turísticos na Mongólia Interior

Médicos diagnosticaram oficialmente o caso de peste bubônica em Bayan Nur na terça-feira (7). O paciente está isolado e sua condição é estável.

Marmotas podem transmitir a peste. Na imagem, a camtschatica, que é biologicamente similar à mongol, tarbagan (ilustrativa- banco de imagens PM)

Autoridades na região autônoma chinesa da Mongólia Interior fecharam vários locais turísticos após um caso de peste bubônica ter sido confirmado nesta semana.

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O caso foi descoberto em Bayan Nur, localizado a noroeste da capital Pequim. Cinco locais cênicos naturais nas proximidades estão atualmente fechados, com visitantes “estritamente proibidos de entrar na área afetada e visitar a região ao redor”, de acordo com a mídia estatal Xinhua.

Autoridades da Mongólia Interior também implementaram gestão mais rigorosa de outros lugares turísticos similares a fim de garantir que os visitantes não alimentem ou toquem animais selvagens, e para reduzir a população de roedores ou pulgas que podem ser portadores da doença, de acordo com a reportagem da Xinhua.

Autoridades de hospital em Bayan Nur alertaram oficiais da cidade pela primeira vez sobre o caso suspeito no sábado (4). A cidade foi colocada no nível 3 de alerta de prevenção de pragas, o segundo mais baixo em um sistema de 5 níveis, no domingo (5).

Os médicos diagnosticaram oficialmente o caso de peste bubônica na terça-feira (7). O paciente está isolado e recebe tratamento no hospital. Sua condição de saúde é estável, divulgou a Xinhua.

A peste, causada por bactéria e transmitida através de picadas de pulgas e animais infectados, é conhecida por causar a pandemia mais mortal na história humana – a Peste Negra – que levou a vida de cerca de 50 milhões de pessoas na Europa na Idade Média.

A bubônica, que é uma das três formas da peste, causa inchaço e dor nos gânglios linfáticos, assim como febre, calafrios e tosse.

Cientistas e especialistas alertaram o público para não entrar em pânico com novos casos – a peste nunca realmente foi embora, e antibióticos modernos podem prevenir complicações e morte se administrado rápido o suficiente.

A Organização Mundial da Saúde está monitorando a situação em parceria com autoridades chinesas e mongóis, de acordo com o jornal estatal China Daily.

Autoridades de Bayan Nur alertaram o público para relatarem descobertas de marmotas doentes ou mortas, e não caçá-las ou consumi-las.

Marmotas estão classificadas dentro da família de esquilos, mas com dimensões maiores, cujas carnes são consumidas em algumas partes da China e da Mongólia, as quais historicamente causaram surtos de peste na região.

O consumo de carne ou órgãos de marmotas foi ligado a vários outros casos recentes de peste bubônica pela fronteira chinesa com a vizinha Mongólia – dois foram confirmados na semana passada e um suspeito reportado na segunda-feira (6).

Esses casos levaram autoridades na Rússia, que faz fronteira com a Mongólia, a alertarem residentes na área fronteiriça a não caçarem marmotas ou consumirem sua carne, e tomarem medidas preventivas contra picadas de insetos.

A embaixada da Rússia na Mongólia disse que “não há motivo para séria preocupação”, visto que autoridades mongóis impuseram restrições de viagem e isolaram indivíduos afetados, de acordo com a mídia estatal russa RIA Novosti.

A embaixada também citou Sergei Dioditsu, representante da Organização Mundial da Saúde na Mongólia, que teria dito que a província constata surtos sazonais da peste, de acordo com a RIA Novosti.

“Há focos naturais (a bactéria, uma reserva de animais e um vetor) da peste na Mongólia e a doença é propagada por tarbagans (marmotas mongóis)”, disse a embaixada.

“O problema é que os residentes, os quais, apesar de todas as proibições e recomendações de autoridades, continuam a caçá-las e consumi-las como uma iguaria local”.

Fonte: CNN

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Cientistas alertam sobre potencial onda de danos cerebrais ligados à Covid-19

Publicado em 10 de julho de 2020, em Notícias do Mundo

A pesquisa se adiciona a recentes estudos os quais também descobriram que a doença pode causar danos ao cérebro.

Camas de hospital (ilustrativa – banco de imagens PM)

Cientistas alertaram na quarta-feira (8) sobre uma potencial onda de danos cerebrais ligados ao novo coronavírus, visto que nova evidência sugeriu que a Covid-19 pode levar a complicações neurológicas graves, incluindo inflamação, psicose e delírio.

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Um estudo feito por pesquisadores no University College London (UCL) descreveu 43 casos de pacientes com Covid-19 que sofreram disfunção cerebral temporária como derrames, danos nos nervos ou outros efeitos cerebrais.

A pesquisa se adiciona a recentes estudos os quais também descobriram que a doença pode causar danos ao cérebro.

“Se veremos uma epidemia em uma larga escala de danos cerebrais ligados à epidemia – talvez similar ao surto de encefalite letárgica nos anos 1920 e 1930 após a pandemia de influenza de 1918 – é esperar para ver”, disse Michael Zandi, do Instituto de Neurologia do UCL, que coliderou o estudo.

A Covid-19, causada pelo novo coronavírus, é uma doença respiratória que afeta os pulmões, mas neurocientistas e especialistas em cérebro dizem que evidência emergente de seu impacto no cérebro é preocupante.

“Minha preocupação é que temos milhões de pessoas com Covid-19 agora. E se em uma época do ano em que temos 10 milhões de pessoas recuperadas, e essas têm défices cognitivos… então isso afetará suas habilidades de trabalhar e de realizar atividades do dia a dia”, disse Adrian Owen, neurocientista na Western University do Canadá, à Reuters em uma entrevista.

No estudo do UCL, publicado no jornal Brain, nove pacientes que tiveram inflamação no cérebro foram diagnosticados com uma rara condição chamada encefalomielite disseminada aguda (ADEM) que é mais comumente vista em crianças e que pode ser causada por infecções virais.

A equipe disse que ela normalmente veria cerca de um paciente adulto com ADEM por mês em sua clínica especializada em Londres, mas isso havia aumentado para pelo menos um por semana durante o período de estudo, algo que eles descreveram como “um aumento preocupante”.

“Como a doença está por aí há poucos meses, ainda não podemos saber quais danos a longo prazo a Covid-19 pode causar”, disse Ross Paterson, que coliderou o estudo. “Médicos precisam estar cientes de possíveis efeitos neurológicos, visto que diagnóstico antecipado pode melhorar os resultados de pacientes”.

Owen disse que a nova evidência enfatizou a necessidade de estudos amplos e detalhados e coleta de dados globais para avaliar o quão comum foram tais complicações neurológicas e psiquiátricas.

Ele está realizando um projeto de pesquisa internacional no covidbrainstudy.com em que pacientes podem se inscrever para completar uma série de testes cognitivos com a finalidade de ver se suas funções cerebrais sofreram alteração desde que contraíram a Covid-19.

“Essa doença está afetando um grande número de pessoas”, disse Owen. “Por isso é tão importante coletar essa informação agora”.

Fonte: Agência Reuters

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