Prédio do Consulado-Geral dos EUA em Chengdu (Wikimedia/U.S. Consulate General Chengdu)
A China ordenou aos EUA que fechassem seu Consulado-Geral em Chengdu em retaliação à ação similar feita por Washington, disse o Ministério de Relações Exteriores chinês nesta sexta-feira (24).
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Pela manhã, o ministério “informou à Embaixada dos EUA na China sobre sua decisão de retirar seu consentimento para a estabilização e operação do Consulado-Geral dos EUA em Chengdu”, disse.
“A ação dos EUA violou seriamente a lei internacional” e “as normas básicas de relações internacionais”, disse o ministério, acrescentando que “a medida tomada pela China é uma resposta legítima e necessária ao ato injustificado dos EUA”.
A China e os EUA estão em confronto por várias questões econômicas e de segurança, incluindo práticas de negócios, comércio, tecnologia de ponta, Hong Kong e Mar do Sul da China, assim como as origens do novo coronavírus.
Pequim disse que Washington na terça-feira (21) “exigiu abruptamente” que o Consulado-Geral da China em Houston “interrompesse todas as operações e eventos”, repreendendo os EUA por violar “seriamente” a lei internacional.
A mídia estatal chinesa divulgou que Washington deu a Pequim 72 horas para fechar seu consulado no estado do Texas.
Na quarta-feira (22), a administração do presidente dos EUA Donald Trump disse em uma declaração que o fechamento havia sido ordenado “para proteger a propriedade intelectual americana e a informação privada americana”.
Trump havia dito antes que “sempre é possível” que mais missões diplomáticas chinesas nos EUA sejam fechadas, em meio a acusações de espionagem.
Mais cedo, a mídia dos EUA, citando o Departamento de Polícia de Houston, reportou que documentos estavam sendo queimados no pátio do Consulado-Geral chinês em Houston na noite de terça-feira.
Autoridades dos EUA indiciaram recentemente dois hackers chineses suspeitos de roubar centenas de segredos comerciais no valor de milhões de dólares e outras informações valiosas de firmas em todo o mundo, e também visando companhias que estão desenvolvendo vacinas contra o coronavírus.
As relações entre os dois países se deterioraram de forma significativa desde que a China decidiu decretar uma lei de segurança nacional para seu território Hong Kong, espalhando temores de uma erosão de direitos humanos e liberdades na ex-colônia britânica.
Fonte: Kyodo News and Culture