Profissional da área da saúde com roupa de proteção mede temperatura de motorista (ilustrativa/banco de imagens PM)

Casos globais de coronavírus ultrapassaram 12 milhões na quarta-feira (8), de acordo com um cálculo da agência Reuters, visto que evidência aumenta sobre a transmissão pelo ar da doença que matou mais de meio milhão de pessoas em 7 meses.

O número de casos é o triplo daquele para doenças graves relacionadas à influenza registradas anualmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.

Muitos países duramente afetados pelo vírus estão relaxando lockdowns colocados em curso para reduzir a propagação do novo coronavírus, enquanto outros, como China e Austrália, implementaram outra rodada de lockdowns em resposta a um ressurgimento de infecções.

Especialistas dizem que alterações no trabalho e vida social poderiam durar até uma vacina estar disponível.

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O primeiro caso foi reportado na China no início de janeiro e levou 149 dias para chegar a 6 milhões. Demorou menos de um terço desse tempo – somente 39 dias – para dobrar e chegar a 12 milhões de casos, mostra ao cálculo.

Até agora houve mais de 546 mil mortes ligadas ao vírus, dentro da mesma faixa do número de óbitos anuais por influenza reportados no mundo.

A primeira morte pelo novo coronavírus foi reportada em 10 de janeiro na cidade chinesa de Wuhan antes de infecções e óbitos terem aumentado na Europa e então nos EUA.

Os EUA reportaram um recorde global diário de 56.818 infecções por Covid-19 em 3 de julho quando casos mundiais chegaram à marca de 11 milhões.

O país registrou um total de 3 milhões de casos na terça-feira (7), e conta com mais de um quarto tanto de casos como de mortes globais colocando a estratégia de Donald Trump de combate à pandemia sob análise.

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, testou positivo para o vírus na terça-feira. O país tem agora mais de 1,7 milhão de casos e cerca de 68 mil mortes.

O cálculo da Reuters, baseado em relatórios do governo, mostra que a doença está se espalhando mais rápido na América Latina.

As Américas contam por mais na metade das infecções no mundo e quase metade de suas mortes. O Brasil e os EUA contam por cerca de 45% de todos os novos casos desde o início de julho.

A Índia – o país com o terceiro maior número de infecções – está lutando contra um surto de mais de 20 mil novos casos por dia.

Em países com capacidade de testes limitada, os números de casos refletem somente uma proporção do total de infecções. Especialistas alertam que dados oficiais provavelmente sub-representam tanto casos como mortes.

Fonte: Agência Reuters