O ministro de relações exteriores chinês Wang Yi anunciou um empréstimo de US$1 bilhão à América Latina e Caribe para acesso a sua vacina contra Covid-19 durante uma reunião virtual com seus homólogos latino-americanos na quarta-feira (22), de acordo com uma declaração divulgada pelo Ministério de Relações Exteriores mexicano.
“O Ministério de Relações Exteriores da China disse que a vacina desenvolvida em seu país será um benefício público de alcance universal, e que seu país designará um empréstimo de US$1 bilhão para ajudar no acesso para nações da região”, disse a declaração.
Durante uma coletiva de imprensa na quinta-feira (23), o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador agradeceu a China após o anúncio.
A reunião virtual na quarta-feira foi liderada pelo ministro de relações exteriores do México, Marcelo Ebrard, e Wang Yi. Seus homólogos da Argentina, Barbados, Equador, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, República Dominicana, Equador, Panamá, Peru, Trinidad e Tobago e Uruguai também participaram.
A América Latina se tornou o epicentro da pandemia global no fim de maio. Uma análise da CNN de dados da Universidade Johns Hopkins na semana passada descobriu que a América Latina e o Caribe haviam sofrido mais mortes por coronavírus do que os EUA e Canadá – embora esse último ainda tenha reportado mais óbitos per capita.
O Brasil tem o segundo maior número de casos de coronavírus globalmente, após os EUA, com mais de 2,2 milhões de pessoas infectadas, de acordo com a Johns Hopkins.
A companhia de biotecnologia chinesa Sinovac iniciou a fase 3 de um teste de vacina no país, junto com um outro ensaio de fase 3 da Universidade de Oxford e da empresa farmacêutica AstraZeneca.
Peru, Chile e México também estão entre as nações com mais casos confirmados, enquanto o vírus também esteja se espalhando na Venezuela, onde preocupações foram levantadas em relação ao incapacitado sistema de saúde do país.
Respostas dos governos ao vírus se diferenciaram radicalmente por toda a América Latina, entretanto, a força de trabalho informal da região e altos níveis de desigualdade estão entre os fatores levando à ampliação do surto.
O vírus também deixou ainda mais tensas as relações entre os EUA e a China, com a administração de Trump atacando repetidamente o país asiático em sua resposta à Covid-19.
Fonte: CNN