A Emirates, a maior companhia aérea no Oriente Médio, cobrirá os custos médicos de clientes relacionados ao coronavírus em uma tentativa de “aumentar a confiança de viagem”, disse o Dubai Media Office na quinta-feira (23).
“A Emirates cobrirá seus passageiros para despesas médicas relacionadas à Covid-19 e custos de quarentena quando eles viajam a bordo da Emirates, de e para os Emirados Árabes Unidos e em todo o mundo”, disse a mídia oficial dos emirados em uma declaração.
A aérea sediada em Dubai, que opera uma frota de 270 aeronaves de grande porte, interrompeu as operações no fim de março como parte de paralisações globais para reduzir a propagação do novo coronavírus.
Há duas semanas, ela retomou as operações em uma rede limitada e planeja voar para 58 cidades até meados de agosto, queda das mais de 150 antes da crise.
O anúncio ocorreu logo após os Emirados Árabes Unidos – uma aliança de sete emirados incluindo a capital Abu Dhabi e Dubai – terem tornado obrigatórios testes para todos os passageiros de chegada e em trânsito com início em 1º de agosto, de acordo com a mídia estatal.
“A Emirates será a primeira companhia aérea a oferecer cobertura gratuita para custos médicos de Covid-19 aos clientes quando eles viajam de e para os EAU e em todo o mundo”, disse o Sheikh Ahmed bi Saeed Al Maktoum, presidente e chefe executivo do grupo Emirates, no Twitter.
“Isso aumentará a confiança de viagem e posiciona novamente a Emirates e Dubai como líderes na indústria da aviação”.
Passageiros podem requerer até €150 mil ($173.600) em despesas médicas e até €100 por dia por 14 dias em custos de quarentena, se eles forem diagnosticados com a doença, disse o Dubai Media Office em uma declaração.
“Sabemos que as pessoas estão ansiosas para voar, visto que as fronteiras do mundo estão sendo reabertas gradualmente”, disse o Sheikh Ahmed na declaração.
A política tem efeito imediato e continuará em vigor até 30 de outubro de 2020.
O presidente da Emirates, Tim Clark, disse que poderia levar até 4 anos para as operações voltarem “a algum grau de normalidade” e que a companhia poderia demitir até 15% de seu pessoal.
Antes da pandemia, a Emirates empregava cerca de 60 mil funcionários, incluindo 4,3 mil pilotos e cerca de 22 mil membros de tripulação de cabine, de acordo com seu relatório anual.
Fonte: AFP, Japan Today