Jair Bolsonaro testa positivo para coronavírus

O Brasil sofre um dos maiores surtos de coronavírus do mundo, com mais de 1,6 milhão de casos confirmados e mais de 65 mil mortes relacionadas.

O presidente do Brasil Jair Bolsonaro testa positivo para Covid-19 (banco de imagens/PM)

O presidente do Brasil Jair Bolsonaro testou positivo para coronavírus na terça-feira (7), logo após o palácio presidencial ter dito que ele vinha apresentando sintomas associados à doença.

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Bolsonaro anunciou seu diagnóstico aos jornalistas, dizendo que ele começou a se sentir mal no domingo (5), divulgaram várias mídias.

O presidente também teria confirmado que estava tomando hidroxicloroquina, um medicamento para malária, promovido pelo presidente Donald Trump como possível tratamento de prevenção para a doença, assim como o azitromicina.

Nenhum dos medicamentos provou ser um tratamento eficaz para Covid-19.

O Brasil sofre um dos maiores surtos de coronavírus do mundo, com mais de 1,6 milhão de casos confirmados e mais de 65 mil mortes relacionadas, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.

O governo confirmou à NBC News na segunda-feira (6) que Bolsonaro não estava se sentindo bem e tinha febre de 38 graus Celsius. Bolsonaro foi submetido a teste para o vírus após seus sintomas aparecerem, disse o palácio presidencial à NBC.

Bolsonaro não é o primeiro líder a ser infectado pelo vírus. O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, que testou positivo para o vírus em abril, sofreu sintomas tão graves que foi transferido para uma unidade de terapia intensiva onde ficou por vários dias.

Fonte: CNBC

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Coronavírus: preocupações sobre aumento de doenças transmitidas de animais para humanos

Publicado em 8 de julho de 2020, em Notícias do Mundo

Assim como o ebola, o vírus do Nilo Ocidental e a SARS, a Covid-19 também é uma doença zoonótica. Elas começam em animais e passam para os humanos.

Pesquisadores acreditam que os morcegos sejam a fonte da atual pandemia de coronavírus (ilustrativa – banco de imagens/PM)

Doenças zoonóticas – que passam de animais para humanos –  estão aumentando e continuarão a fazer isso sem ação para proteger a vida selvagem e preservar o meio ambiente, alertaram especialistas das Nações Unidas.

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Eles culpam o aumento de doenças como a Covid-19 por alta demanda de proteína animal, práticas agrícolas insustentáveis e mudança climática.

Doenças zoonóticas negligenciadas matam 2 milhões de pessoas por ano, disseram.

A Covid-19 deve custar à economia global cerca de $9 trilhões ao longo de 2 anos.

O ebola, o vírus do Nilo Ocidental e a SARS também são doenças zoonóticas. Elas começam em animais e passam para os humanos.

Mas o que o relatório disse?

Mas esse salto não é automático. Ele é conduzido, de acordo com o relatório do Programa Ambiental das Nações Unidas e do International Livestock Research Institute, pela degradação de nosso ambiente natural – por exemplo através de diminuição do solo, exploração da vida selvagem, extração de recursos e mudança climática. Isso altera a maneira pela qual os animais e humanos interagem.

“No último século temos visto pelo menos seis grandes surtos de novos coronavírus”, disse Inger Andersen, subsecretária-geral e diretora executiva do Programa Ambiental nas Nações Unidas.

“Ao longo das duas últimas décadas e antes da Covid-19, doenças zoonóticas causaram danos econômicos de $100 bilhões”.

Ela disse que “duas milhões de pessoas em países com renda baixa e média morrem a cada ano em decorrência de doenças zoonóticas endêmicas negligenciadas – como antraz, tuberculose bovina e raiva”.

“Essas são geralmente comunidades com complexos problemas de desenvolvimento, alta dependência de rebanho e proximidade à vida selvagem”.

A produção de carne, por exemplo, aumentou em 260% nos últimos 50 anos, disse Andersen.

“Intensificamos a agricultura, expandimos infraestrutura e recursos extraídos às custas de nossos espaços selvagens”, explicou ela.

“Represas, irrigação e fazendas estão ligadas a 25% de doenças infecciosas em humanos. Viagem, transporte e fornecimentos de alimentos eliminaram fronteiras e distâncias. A mudança climática contribuiu para a propagação de patógenos”.

O relatório oferece aos governos estratégias sobre como prevenir futuros surtos, como incentivar gestão sustentável de terra, melhorar a biodiversidade e investir em pesquisa científica.

“A ciência é clara sobre o fato de que se continuarmos a explorar a vida selvagem e destruir nossos ecossistemas, então poderemos esperar um fluxo constante dessas doenças passando de animais para humanos nos anos à frente”, disse Andersen.

“Para prevenir futures surtos, devemos nos tornar mais conscientes em proteger nosso ambiente natural”.

Fonte: BBC

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