O gabinete do primeiro-ministro Shinzo Abe decidiu nesta terça-feira (14) usar ¥2,2 bilhões ($20,5 milhões) dos fundos de reserva do Japão para o ano fiscal de 2020 com o objetivo de dar suporte a áreas duramente afetadas pela chuva torrencial e inundações neste mês.
O governo usará o dinheiro de emergência para ajudar principalmente negócios de pequeno porte afetados pelo desastre, assim como as indústrias da agricultura, floresta e pesca na região de Kyushu, sudoeste do Japão, incluindo a província de Kumamoto onde mais de 60 pessoas morreram, e outras áreas, disseram autoridades.
O ministro das finanças Taro Aso disse em uma coletiva de imprensa após a aprovação do gabinete que o dinheiro será usado para enviar “suprimentos essenciais às vidas das pessoas”, como água, comida, camas de papelão de emergência para abrigos e máscaras, sem esperar solicitação de municípios locais.
A chuva torrencial afetou uma ampla área de Kyushu e das regiões oeste e central por cerca de 1 semana desde 3 de julho, com o número de mortos a nível nacional passando de 70 desde a terça-feira, disseram, autoridades.
Abe instruiu oficiais do governo na segunda-feira a compilar um pacote de ajuda no valor de mais de ¥400 bilhões até o fim deste mês para áreas devastadas, após ele visitar a província de Kumamoto no mesmo dia.
Para impulsionar a economia, o gabinete designou a chuva como desastre natural especial, viabilizando extensões para concluir procedimentos oficiais como renovações de habilitações e licenças de negócios.
No total, 61 municípios em Kumamoto e 5 das outras 46 províncias do país se beneficiaram das medidas de ajuda, as quais o governo implementou para desastres de grande escala anteriores como a chuva forte e inundação no oeste do Japão em 2018, e o tufão Hagibis de 2019.
O orçamento inicial do governo para o ano fiscal separou ¥500 bilhões como fundo de reserva, separados de um fundo de ¥11,5 trilhões para medidas no combate à pandemia do novo coronavírus que foi assinalado pelos dois orçamentos suplementares do país de mais de ¥50 trilhões no total para o ano fiscal de 2020.
Fonte: Kyodo News and Culture