JD planeja trazer parte da produção da China de volta para o Japão

‘Poderíamos ter poupado perdas de oportunidades se tivéssemos nossa produção no Japão’, disse o diretor executivo de fabricação da JD.

A JD quer aumentar o negócio de telas automotivas para reduzir sua dependência do saturado mercado de smartphones (NHK)

A Japan Display (JD) visa trazer parte da produção de painéis de volta ao Japão após o surto do novo coronavírus ter interrompido a rede de fornecimento na China, disse um executivo da companhia.

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Sob o plano, a JD aumentaria a produção em sua planta na província de Tottori, a fim de fornecer painéis a grandes montadoras japonesas, disse Kazutaka Nagaoka, diretor executivo de fabricação, em uma entrevista.

“Poderíamos ter poupado perdas de oportunidades se tivéssemos nossa produção no Japão”, disse Nagaoka, referindo-se a interrupções de produção em sua planta chinesa devido ao lockdown por causa do coronavírus neste ano.

Nagaoka não quis comentar sobre um prazo ou valor de investimento na mudança de produção, mas disse que a companhia esperava tomar uma decisão final sobre o plano o mais rápido possível.

A maior fabricante de telas automotivas do mundo produz células de painel no Japão e envia grande parte delas para sua planta chinesa, onde luz de fundo, conectores e outras partes são adicionadas – um processo trabalhoso que exige constante obra manual.

Nagaoka disse que avanços em maquinários haviam ajudado a automatizar os processos finais, reduzindo custos de trabalho mesmo se eles são feitos no Japão.

Suas clientes montadoras também querem seus painéis produzidos em linhas automatizadas por razões de controle de qualidade, disse ele.

A JD, que tem cerca de 60% de seus lucros vindos da Apple, está visando aumentar seu negócio de telas automotivas para reduzir sua dependência do saturado mercado de smartphones.

Fonte: Agência Reuters

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China suspende importações de camarão do Equador por risco de coronavírus

Publicado em 13 de julho de 2020, em Ásia

Uma das três produtoras de camarão do Equador acusa a China de estar ‘manchando a reputação’ da indústria.

Caixa com camarões congelados (ilustrativa – banco de imagens PM)

A China, na sexta-feira (10), disse que estava suspendendo importações de três produtoras de camarão do Equador após detectar coronavírus em envios recentes, levando uma delas a acusar a China de “manchar a reputação” da indústria.

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A autoridade alfandegária da China disse que amostras de envios da Industrial Pesquera Santa Priscila SA, da Empacreci SA e da Empacadora Del Pacifico Sociedad Anonima, produziram seis resultados positivos. Entretanto, testes no camarão congelado em si e em embalagens internas deram negativo.

As descobertas são os primeiros resultados positivos anunciados por Pequim desde que ela começou a testar alimentos congelados importados para a presença do vírus.

“Os resultados dos testes sugeriram que o ambiente do contêiner e o empacotamento exterior dos produtos das três companhias estavam sob risco de contaminação, e o sistema de gestão de segurança de alimentos não estava em ordem”, disse a Administração Geral de Alfândega em uma declaração em seu site.

Duas das companhias equatorianas envolvidas na questão emitiram declarações acentuadamente expressivas citando que o vírus foi encontrado somente nas paredes internas do contêiner, acrescentando que a China estava exagerando os riscos em potencial.

“É lamentável que com o resultado do coronavírus encontrado na parede no interior do contêiner”, eles estejam manchando a reputação de nossa indústria”, disse Santiago Salem,  presidente da Santa Priscila, em uma declaração.

Testes começaram após surto em mercado de Pequim

A China começou a testar alimentos frescos e congelados importados após o coronavírus ter sido encontrado em uma tábua de cortar usada em um grande mercado em Pequim durante um surto do vírus entre os trabalhadores no local.

Muitos compradores chineses suspenderam as importações de salmão e o peixe foi removido das prateleiras de supermercados.

Houve um total de 227.934 amostras coletadas até agora, disse aos repórteres Bi Kexin, responsável pela importação de alimentos na autoridade alfandegária, em uma coletiva na sexta-feira, incluindo os produtos em si, seus pacotes e amostras de ambiente.

Os resultados positivos foram tirados em 3 de julho de cargas nos portos de Calian e Xiamen.

O ministro de produção e comércio estrangeiro do Equador, Ivan Ontaneda, que também supervisiona a indústria pesqueira, disse que os produtores de camarão seguem protocolos rigorosos de biossegurança.

A autoridade alfandegária da China também ordenou que os camarões produzidos pelas 3 firmas após 12 de março e já exportados para a China fossem recolhidos ou destruídos.

Fonte: Agência Reuters

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