A Mitsubishi Heavy Industries planeja redesignar cerca de 2 mil funcionários, ou aproximadamente 3% de sua força de trabalho total, de seus negócios de aeronaves e construção naval porque o coronavírus afeta a demanda, soube o Nikkei.
O plano de transferência de grande escala será o primeiro da companhia desde 2009, quando a crise da Lehman fez os lucros caírem.
A gigante japonesa da fabricação está sendo pressionada a rebalançar sua força de trabalho e questões de capacidade para atender a atual demanda.
A companhia, com fábricas que se mantêm inativas devido ao vírus, tem a intenção de redistribuir funcionários a departamentos com taxas mais elevadas de operação.
Houve um declínio estável nas indústrias de chaminés, visto que o número de competidores aumenta na China, Coreia do Sul e outras nações asiáticas. A pandemia deixou a Mitsubishi ainda mais desequilibrada.
O grupo, que tem cerca de 80 mil funcionários, começou as discussões com sua união trabalhista e planeja transferir cerca de 3% de seus funcionários até este outono.
A transferência visará principalmente funcionários na divisão comercial de aeronaves, a qual lida com peças para a Boeing, assim como seu avião de carreira SpaceJet.
Os trabalhadores vão ser transferidos de fábricas principais como a Nagoya Aerospace Systems e a subsidiária Mitsubishi Aircraft Corporation, que desenvolve o SpaceJet.
Além de trabalhadores de fábricas, a transferência também envolverá funcionários administrativos e designers.
Trabalhadores nas divisões de autopeças e construção naval, as quais vêm enfrentando dificuldades para competir com seus parceiros chineses e sul-coreanos, também serão reconsiderados para transferências.
A Mitsubishi Heavy recebe muitos pedidos da Boeing, incluindo asas de aeronave e fuselagem. Entretanto, a Covid-19 levou a uma queda significante nos pedidos. Em maio, a companhia colocou sob licença temporária funcionários de sua fábrica em Nagoia (Aichi).
O grupo decidiu sobre o plano de transferência porque espera uma queda a longo termo na aviação global.
A Mitsubishi Heavy Industries não é a única fabricante que foi levada a realinhar sua força de trabalho. No mês passado, a IHI colocou sob licença 30 mil funcionários. Além disso, a Nippon Steel está com 30 mil trabalhadores sob licença e a JFE Steel com cerca de 16 mil.
Fonte: Asia Nikkei