Autoridades na China intensificaram as precauções após uma cidade na região autônoma da Mongólia Interior ter confirmado um caso de peste bubônica.
De acordo com reportagens do estado, um paciente de Bayan Nur – um pastor – está em quarentena e sua condição de saúde é estável.
Autoridades dizem que também estão investigando um segundo caso suspeito, de acordo com a Global Times da China.
A peste bubônica já foi a doença mais temida do mundo, mas agora ela pode ser facilmente tratada.
O primeiro caso foi reportado como suspeita peste bubônica no sábado (4) em um hospital de Urad Middle Banner, na cidade de Bayan Nur. Ainda não está claro como ou por que o paciente pode ter sido infectado.
O segundo caso suspeito envolve um jovem de 15 anos, que aparentemente teve contato com uma marmota caçada por um cão, de acordo com um tuíte do jornal chinês Global Times.
Um alerta de nível 3, que proíbe a caça e consumo de carne de animais que poderiam ser hospedeiros da peste e pede ao público que relate casos suspeitos, foi colocado em vigor até o fim do ano.
O que é a peste bubônica?
A peste bubônica, causada por infecção bacteriana, foi responsável por uma das epidemias mais mortais na história humana – a Peste Negra – que matou cerca de 50 milhões de pessoas em toda a África, Ásia e Europa no século 14.
Houve uma porção de grandes surtos desde então. A peste causou a morte de um quinto da população de Londres durante a Grande Praga de 1665, enquanto mais de 12 milhões morreram em surtos durante o século 19 na China e na Índia.
Entretanto, hoje em dia, ela pode ser tratada com antibióticos. Se deixada sem tratamento, a doença – que é tipicamente transmitida de animais para humanos por pulgas – tem uma taxa de mortalidade de 30 a 60 por cento.
Sintomas da doença incluem febre alta, calafrios, náusea, fraqueza e gânglios linfáticos inchados no pescoço, axilas ou virilha.
Poderia haver outra epidemia?
Casos de peste bubônica são raros, mas ainda há reacendimentos da doença de tempos em tempos.
Madagascar teve mais de 300 casos durante um surto em 2017. Entretanto, um estudo no jornal médico The Lancet descobriu que menos de 30 pessoas morreram.
Em maio do ano passado, duas pessoas na Mongólia morreram em decorrência da peste, a qual elas contraíram após consumirem carne crua de marmota – o mesmo tipo de roedor com que o segundo caso suspeito teve contato.
Contudo, é improvável que quaisquer casos levem a uma epidemia.
“Ao contrário do século 14, agora compreendemos como a doença é transmitida”, disse o Dr. Shanti Kappagoda, médico de doenças infecciosas no Centro de Saúde Stanford, ao site Heathline.
“Sabemos como preveni-la. Também conseguimos tratar pacientes infectados com antibióticos eficazes”.
Fonte: BBC