Queda histórica de consumo em maio

Por causa do estado de emergência as famílias gastaram menos em maio, mas foi a pior queda das últimas décadas.

Dinheiro no caixa (NHK)

De acordo com o Ministério de Assuntos Internos e Comunicações foi realizada uma pesquisa domiciliar para avaliar o consumo das famílias com 2 ou mais pessoas, no mês de maio.

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O resultado divulgado na terça-feira (7) apontou que a média foi de 252.017 ienes, o que mostra redução de 16,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior, com exclusão do efeito das variações de preços. 

Em abril também o consumo médio foi inferior ao do ano passado, mas o de maio foi histórico, a maior queda registrada desde 2001. 

Em 14 de maio o governo cancelou o estado de emergência em 39 províncias, e em 25 nas demais 8. Como a população passou a ficar em casa desde abril por causa da quarentena houve queda de consumo.

Retrata o comportamento de não comer fora pois os estabelecimentos estavam quase todos fechados e tampouco gastos com lazer nos parques e outros locais. Mas o que se pode observar é que foi notável o declínio de gastos com entretenimento cultural, roupas e calçados. 

Fontes: NHK, Bloomberg e Nikkei 

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Queda de 26% do salário pela redução das horas extras em maio

Publicado em 7 de julho de 2020, em Economia

Em relação ao mesmo mês do ano passado houve uma queda brusca na média das horas extras, o que causou redução salarial.

Assalariados (NHK) e cédulas sobrepostas (Flickr)

De acordo com o resultado sobre a pesquisa mensal realizada em maio e divulgada na terça-feira (7) pelo MHLW-Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, a média de pagamento das horas extras no Japão foi de 14.061 ienes, o que mostra redução de 25,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior. A taxa de declínio piorou desde abril, a mais alta desde janeiro de 2013.

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Embora não seja possível fazer uma comparação simples devido a uma mudança no método de pesquisa, a maior redução antes de janeiro de 2013 foi de 22,7% em março de 2009, logo após a crise chamada de Lehman Shock. 

Pode-se dizer que é uma queda recorde. 

As empresas estão reduzindo horas extras devido à disseminação do novo coronavírus. Existe uma clara tendência a reduzir o horário de trabalho e, consequentemente, os salários.

Queda drástica da carga horária diária 

A média de horas trabalhadas, incluindo as extras, foi de 7,3 por trabalhador, com redução de 30%. As horas de trabalho programadas também foram reduzidas em 7,4% e o total de horas trabalhadas no mês, em média, foi de 122,3 horas, uma queda de 9%.

O que mais impactou nessa média foi a redução drástica na carga horária regular dos salões de beleza, cinemas e outros serviços, com média de 3 horas diárias de expediente.

Se o salário total de um assalariado foi em média de 269.341 ienes, com queda de 2,1%, o de arubaito ou part timer foi de 92.929 ienes, com queda de 4,1%.  

Mais de 4 milhões de trabalhadores afetados

Com a queda do consumo as empresas do varejo, bares e restaurantes foram afetados. Em maio, o número de trabalhadores que foram afastados, incluindo os de hospedagem e restaurantes, chegou a 4,23 milhões. 

Se o desempenho dos negócios das empresas continuar a deteriorar por um longo período de tempo, não apenas os salários dos trabalhadores caem, mas também há a preocupação de que as demissões e a suspensão do emprego se espalhem ao mesmo tempo.

As empresas têm feito esforço para manterem seu quadro de funcionários, mesmo que tenham reduzido as horas extras e até a carga horária regular. Muitas continuam com o home office e há uma tendência de que esse estilo continue mesmo após a pandemia.

No próximo mês a pesquisa salarial de junho deverá mostrar também quanto foi a média do bônus, o qual deve ter tido uma pequena queda.

Fontes: ANN, NHK e Nikkei

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