Autoridades da saúde na Coreia do Sul disseram que cerca de 250 pessoas ligadas a uma igreja em Seul estavam infectadas com o novo coronavírus.
O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar reportou 279 novos casos do vírus no domingo (16), o maior total diário desde o início de março. Ele disse que Seul confirmou mais de 100 infecções em um único dia pela primeira vez.
Segundo autoridades, houve a confirmação de que 249 pessoas conectadas à Igreja Sarang Jeil foram infectadas ao longo de 4 dias até o domingo (16).
O ministério apresentou uma queixa contra o pastor da igreja pela suspeita de violar a lei de prevenção de doenças infecciosas.
Ele teria violado regras de autoquarentena e escondido parte de uma lista de membros da igreja que deveriam passar por teste PCR.
O pastor e seus seguidores também teriam participado de uma manifestação conservadora antigoverno na central de Seul no sábado (15).
O presidente Moon Jae-in postou no Facebook que tais atos são comportamentos extremamente aberrantes que jogam água fria nos esforços das pessoas. Ele acrescentou que eles representam um desafio claro ao sistema de prevenção e controle de doenças do país.
Moon também manifestou a intenção do governo em tomar uma abordagem severa com a igreja e fazer tudo que ele pode para controlar o vírus.
Entre fevereiro e março, a Coreia do Sul havia reportado mais de 5 mil infecções relacionadas à igreja Shincheonji, que tornou a nação a segunda mais afetada pelo coronavírus na época.
A Coreia do Sul se manteve como um dos países desenvolvidos com as taxas de infecção e mortes mais baixas desde os dias iniciais da epidemia. Seul conseguiu evitar lockdowns rigorosos através de testes rápidos e rastreamento de contato detalhado.
Fonte: NHK, Bloomberg