Embora nenhuma das vacinas contra coronavírus em desenvolvimento ter provado eficácia em ensaios clínicos, pré-pedidos de pelo menos 5,7 bilhões de doses em todo o mundo foram feitos.
Primeiras remessas de uma vacina contra Covid-19 criada por laboratórios no Ocidente no geral são adquiridas rapidamente pelos EUA.
Cinco vacinas – três do Ocidente e duas chinesas – estão na fase 3 de testes de eficácia envolvendo milhares de pessoas.
Em um anúncio surpreendente, o presidente russo Vladmir Putin afirmou na terça-feira (11) que uma vacina chamada “Sputnik V” – em homenagem ao satélite soviético – conferiu “imunidades sustentável” contra o novo coronavírus.
Visto que laboratórios de pesquisa em todo o mundo se apressam para desenvolver uma vacina, fabricantes receberam apoio financeiro para ajudá-las a preparar milhões de doses a serem administradas em 2021 ou mesmo antes do fim deste ano.
A Universidade de Oxford, trabalhando com o grupo farmacêutico suíço-britânico AstraZeneca, espera ter resultados até setembro, enquanto a companhia de biotecnologia dos EUA Moderna, em parceria com o Instituto Nacional de Saúde, está visando para o fim do ano, possivelmente novembro.
O presidente Donald Trump lançou a Operação Warp Speed em uma tentativa de desenvolver, fabricar e distribuir uma vacina contra Covid-19 a todos os americanos até janeiros de 2021.
Centenas de milhões de dólares foram direcionados a desenvolvedoras de vacinas incluindo cerca de US$500 milhões à Johnson & Johnson no fim de março.
Os EUA destinaram fundos para mais companhias do que qualquer outra nação na esperança de que uma delas surja com uma vacina para conter o vírus altamente contagioso.
Até agora, Washington distribuiu pelo menos US$9,4 bilhões a sete desenvolvedoras de vacinas e assinou contrato com outras cinco para elas fornecerem 700 milhões de doses.
As companhias envolviodas são a Johnson & Johnson, Moderna, Oxford/AstraZeneca, Novavax, Pfizer/BioNTech, Sanofi/GSK e a MerckSharp and Dome.
Europa: 700 milhões de doses
Duas desenvolvedoras de vacinas, a Oxford/AstraZeneca e a Sanofi/GSK, assinaram ou estão em negociações avançadas com a Comissão Europeia para fornecer um combinado de 700 milhões de doses de vacina.
Reino Unido, Japão e Brasil
O Reino Unido, por causa do Brexit, está negociando um pré-pedido separado de 250 milhões de doses de 4 desenvolvedoras.
O Japão está contando com 490 milhões de doses de fornecedoras incluindo 250 milhões da Novavax dos EUA.
A gigante farmacêutica japonesa Takeda comprou os direitos de uma vacina da Novavax para o Japão, que fundou a pesquisa. Ela seria produzida localmente.
O Brasil escolheu um modelo similar, pedindo 100 milhões de doses da AstraZeneca e fazendo parceria com a Sinovac da China para produzir 120 milhões da “CoronaVac”, que já está sendo testada nos brasileiros.
China e Rússia
Testes clínicos de duas vacinas chinesas candidatas – Sinovac e a Sinopharm – estão em curso, mas somente poucas parcerias internacionais foram anunciadas, aquela com o Brasil e uma possível com a Indonésia.
A Rússia disse que 20 nações fizeram o pré-pedido de 1 bilhão de doses da Sputnik V e que com parcerias estrangeiras seria capaz de produzir 500 milhões de doses por ano em 5 países.
A Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI) lançada em 2017 pela Noruega, Índia e a Fundação Bill e Melinda Gates e a Wellcome Trust, busca garantir que haja “acesso justo” a futuras vacinas.
Ela fez o pré-pedido de 300 milhões de doses da AstraZeneca para dezenas de países em desenvolvimento em uma parceria com a Aliança de Vacinas (Gavi).
Bilhões de doses seriam produzidas para a Ásia e outros lugares pelo gigante Serum Institute of India (SII), o maior produtor de vacinas do mundo.
A Novavax e a AstraZeneca separadamente assinaram acordos com o SII para produzir um bilhão de doses para a Índia e países de renda baixa e média sob a condição, é claro, de que eles forneçam provas de suas eficácias em ensaios clínicos.
Fonte: Channel News Asia