A produção em fábricas no Japão aumentou pelo 2º mês consecutivo no mês de julho, sinalizando uma recuperação gradual do choque decorrente da pandemia do novo coronavírus.
Contudo, as vendas no varejo caíram pelo 5º mês seguido e de alguma forma a um ritmo mais rápido, um sinal preocupante para o consumo privado, que conta por mais da metade do PIB da terceira maior economia do mundo.
Os dados de segunda-feira (31) evidenciaram a fragilidade da economia que sofreu um recorde de 27,8% de contração no trimestre abril a junho quando a pandemia pesou tanto na demanda doméstica como na externa.
Enquanto analistas acreditam que a economia atingiu o fundo do poço após lockdowns terem sido suspensos no fim de maio, eles dizem que qualquer recuperação será modesta em meio a preocupações em relação a uma segunda onda de infecções.
Dados do Ministério da Economia, Comércio e Indústria (METI) mostraram que a produção industrial do Japão cresceu 8% em julho em relação ao mês anterior, contra a estimativa média de economistas de um ganho de 5,8% e seguida de um aumento de 1,9% em junho.
Esse foi o segundo mês consecutivo de ganhos após ter atingido seu nível mais baixo em maio desde a crise financeira global. Mas a atividade em fábricas ainda está longe dos níveis pré-pandemia.
Fabricantes entrevistados pelo METI esperam aumento de produção de 4% em agosto e crescimento de 1,9% em setembro.
O METI elevou sua avaliação sobre produção industrial, dizendo que estava entrando no ritmo.
Destacando a fraca demanda do consumidor, entretanto, as vendas no varejo caíram 2,8% ano a ano em julho, pior do que uma queda de 1,7% vista por economistas em uma pesquisa da Reuters e seguindo uma queda de 1,2% em junho.
Fonte: Asia Nikkei