Homem de máscara aguardando voo em aeroporto (ilustrativa/banco de imagens PM)
Cientistas em Hong Kong estão reportando o primeiro caso de um homem saudável na faixa dos 30 anos que foi infectado pelo novo coronavírus quatro meses e meio após seu primeiro episódio da doença.
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Eles dizem que o sequenciamento genético mostra que as duas cepas do vírus são “claramante diferentes” tornando o caso o primeiro provado de reinfecção no mundo.
Análise genética sugeriu que a primeira infecção foi de uma cepa do coronavírus mais relacionadas às dos EUA ou Inglaterra e a segunda mais próxima daquelas da Suíça e Inglaterra.
A Organização Mundial da Saúde – OMS alerta que é importante não tomar conclusões baseado no caso de um único paciente.
Especialistas dizem que reinfecções podem ser raras e não necessariamente graves.
Houve mais de 23 milhões de casos de coronavírus em todo o mundo. Os que foram infectados desenvolvem uma resposta imune quando seus corpos combatem o vírus que ajuda a protegê-los contra sua volta.
A reposta imune mais forte foi encontrada em pacientes com quadro mais grave da doença Covid-19.
Contudo, ainda não está claro o quão forte essa proteção ou imunidade é – ou por quanto tempo ela dura.
E a OMS disse que estudos mais amplos ao longo do tempo com pessoas que já foram infectadas eram necessários.
De acordo com reportagem da CNN, durante seu primeiro episódio da doença, o paciente teve tosse, dor de garganta, febre e dor de cabeça por 3 dias, segundo o estudo. Ele testou positivo para Covid-19 em 26 de março.
Então, durante seu segundo episódio, o paciente estava retornando da Espanha, via Reino Unido, para Hong Kong, e testou positivo durante a verificação de entrada no aeroporto nacional em 15 de agosto, disseram os pesquisadores. O homem foi hospitalizado, mas continuou assintomático.
“O paciente foi reinfectado quatro meses e meio após a primeira infecção. Portanto, isso mostra que para esse paciente a imunidade induzida pela primeira infecção durou pouco”, disse o Dr. Kelvin Kai-Wang To da Universidade de Hong Kong, que trabalhou no estudo.
“Isso é um exemplo raro de reinfecção”, disse Brendan Wren, professor de patogênese microbiana na Escola de Londres de Higiene e Medicina Tropical.
O Dr. Jeffrey Barett, alto consultor científico para o projeto genoma de Covid-19 no Instituto Wellcome Sanger, disse: “Dado o número de infecções globais até o momento, ver um caso de reinfecção não é surpresa mesmo que seja uma ocorrência rara”.
“Pode ser que segundas infecções, quando elas realmente ocorrem, não sejam graves – embora não saibamos se a pessoa seria capaz de infectar outras durante seu segundo episódio”.
Fonte: CNN, BBC