Placa de chegadas internacionais no Aeoroporto de Kansai, Osaka (banco de imagens PM)
Sexta-feira, 11 de setembro, marcou 6 meses que a Organização Mundial da Saúde – OMS declarou o novo coronavírus uma pandemia.
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Até agora, cerca de 90% das infecções descobertas em quarentenas de aeroportos no Japão eram assintomáticas.
Com a entrada e saída de pessoas retornando ao normal de forma estável será mais importante para o controle de fronteira descobrir de forma eficaz quem está infectado e prevenir que o vírus se espalhe ainda mais no país.
Origem europeia
De acordo com o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, o primeiro caso descoberto em uma quarentena de aeroporto foi em 4 de março.
Até a quinta-feira (10), houve a confirmação de que 828 pessoas que chegaram a aeroportos no país estavam infectadas, das quais 328 eram cidadãos japoneses e 500 estrangeiros. Desse total, pelo menos 769, ou 93%, eram assintomáticos.
Em 1º de fevereiro, o governo negou a entrada da maioria dos estrangeiros vindos da província de Hubei (China) e exigiu que todos aqueles retornando ao país, incluindo japoneses, fossem submetidos a testes.
O governo expandiu as restrições para cobrir 21 nações. Atualmente, as restrições são impostas sobre um total de 159 países e regiões.
Entretanto, de acordo com uma análise de informação genética do vírus conduzida pelo Instituto Nacional de Doenças Infecciosas – NIID, enquanto o influxo do novo coronavírus a partir da China tenha sido contido, ele entrou no Japão a partir da Europa e se espalhou após meados de março.
Embora pessoas vindas das Filipinas tenham contado pelo maior número de casos de infectados em geral, aqueles de países europeus como Itália, França e Alemanha somaram o maior número de casos em março e abril.
Um painel de especialistas do governo citou em maio que o surto no Japão foi causado por um influxo de pessoas que retornaram e que haviam sido infectadas em outros países incluindo aqueles na Europa quando a nação não havia implementado contramedidas.
O NIID também acredita que o vírus tenha fluído para o Japão a partir da Europa e resultado em ressurgimento desde junho.
Muitos dos casos descobertos na quarentena de aeroportos eram assintomáticos. Assim que entrava no país, o vírus se espalhava silenciosamente.
Teste de antígeno
A fim de conter o vírus nas fronteiras, o fortalecimento de sistemas de testes em aeroportos é essencial.
Em principais aeroportos como Narita, Haneda e Kansai, testes de antígenos que usam saliva foram introduzidos em estágios desde o fim de julho para substituir o PCR (reação em cadeia da polimerase), que envolve coletar amostras de substâncias do nariz e da garganta e leva várias horas para os resultados saírem.
O risco de infecção durante a coleta de amostras é reduzido com o teste de antígenos baseado em saliva, e os resultados estão disponíveis em cerca de 30 minutos. Enquanto o número de testes conduzidos por dia era de 2,3 mil em julho, agora tornou-se possível realizar um total diário de 4,3 mil.
Enquanto isso, o governo está considerando abrandar suas restrições de entrada, principalmente para empresários.
Com a Olímpiada e Paralimpíada de Tóquio chegando no próximo verão, um aumento significativo é antecipado no número de pessoas que poderão entrar no Japão.
Entretanto, o ministério está visando estabelecer até o fim deste mês um sistema para realizar 10 mil testes por dia. Acredita-se que terceirização de testes esteja em consideração no Aeroporto de Kansai.
O professor Atsuo Hamada da Universidade Médica de Tóquio, especialista em medicina de viagem, disse que “centros de saúde também devem desenvolver um sistema para acompanhar aqueles que chegam ao Japão”.
Fonte: Yomiuri