A segunda onda do coronavírus está se espalhando pela Europa, comentam especialistas. O número de infectados voltou a subir, e as autoridades locais começaram a tomar providências de quarentena para diminuir o fluxo de pessoas.
No dia 19, a França registrou 13.498 infectados, o maior número de novos casos em um dia desde o início da contagem. No dia 21, a cidade de Lyon limitou a entrada de visitantes nos eventos externos de grande porte de 5000 para 1000 pessoas, e proibiu a venda de bebidas alcoólicas e consumo de álcool em ambientes externos depois das 20h. As autoridades locais também relatam que houve uma subida repentina no número de pacientes na UTI.
Após o aumento da contaminação da França, o Ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, declarou que todos visitantes vindos da França terão que passar por testes PCR a partir do dia 22. A Itália foi um dos epicentros do coronavírus, mas as autoridades locais conseguiram controlar a situação e evitar a segunda onda.
A Espanha registrou mais de 4.000 novos casos em um dia e iniciou novas medidas de quarentena. No dia 21, a capital de Madri limitou a entrada e saída dos moradores principalmente nas regiões ao sul. Cerca de 60 postos de inspeção foram instalados nas fronteiras pela polícia, e será necessário uma autorização para entrar ou sair da cidade.
Na Inglaterra, que é o país da Europa com maior número de óbitos, a infecção voltou a se espalhar e os novos dados indicam que há pelo menos 6.000 casos diariamente. Especialistas indicam que, caso o governo não tomar as medidas rapidamente para controlar a segunda onda, poderá haver mais de 50 mil infectados diariamente em meados de outubro, e o número de óbitos também voltará a aumentar drasticamente.
O primeiro-ministro Boris Johnson anunciará novas medidas no dia 22. Contudo, autoridades comentam que será difícil fazer uma quarentena rigorosa devido ao impacto na economia.
Nesta segunda-feira (21), as bolsas de valores da Europa caíram momentaneamente por preocupação dos investidores em relação à situação econômica dos países.
Fonte: NHK