Oizumi declara situação de emergência e aumento da infecção entre brasileiros em Gunma

Na quarta-feira tanto o governador de Gunma quanto o prefeito de Oizumi fizeram pronunciamentos para o povo.

Prefeito Maruyama em pronunciamento (vídeo da prefeitura)

Na quarta-feira (17) o governo da província de Gunma informou que decidiu fortalecer seu apelo para as medidas de prevenção da infecção pelo novo coronavírus, em línguas estrangeiras.

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O motivo é o aumento de estrangeiros testados positivo. Em uma semana, até quarta-feira (16), foram 90 novos casos, sendo que 70% são residentes estrangeiros.  

Além de fazer visitas nas indústrias onde trabalham brasileiros e peruanos o governo usará as redes sociais para reforçar o pedido de uso de máscara, manter distanciamento social e evitar locais aglomerados com pouca ventilação, em português e espanhol.

O governador Ichita Yamamoto disse “há muitos estrangeiros residentes na província de Gunma, então gostaríamos de trabalhar juntos para prevenir a infecção”.

Até quarta-feira o total de pessoas infectadas na província é de 602, com 19 óbitos. 

Oizumi em situação de emergência

O governo local de Oizumi declara situação de emergência próprio, a partir de sexta-feira (18). O período é até o final deste mês e dependendo do quadro esse período poderá ser prorrogado. 

Até quarta-feira o total de pessoas infectadas na cidade, desde 1.º de agosto, é de 24.

O prefeito Toshiaki Murayama informou que a medida foi tomada para manter a saúde do povo, e que grande parte das pessoas infectadas tem idade abaixo de 30. 

Para evitar o contágio em idosos pede a colaboração de todos, evitando de sair de casa sem necessidade urgente. Também solicita abstenção de sair para almoçar ou jantar fora e de fazer churrasco, ao mesmo tempo que pede para não discriminar ou molestar as pessoas infectadas, tendo consideração por elas.

Assista ao vídeo de seu pronunciamento.

Fontes: prefeitura de Oizumi, Sankei, News Digest e NHK 

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Surto de bactéria infectou milhares de pessoas após vazamento na China

Publicado em 18 de setembro de 2020, em Ásia

Milhares de pessoas na China testaram positivo para uma doença bacteriana em um surto causado por um vazamento em uma companhia biofarmacêutica em 2019.

A bactéria brucella (ilustrativa/banco de imagens PM)

Milhares de pessoas no noroeste da China testaram positivo para uma doença bacteriana, disseram autoridades na terça-feira (15), em um surto causado por um vazamento em uma companhia biofarmacêutica no ano passado. A Comissão de Saúde de Lanzhou, capital da província de Gansu, confirmou que 3.245 pessoas haviam contraído a doença brucelose, que é geralmente causada por contato com gado que carrega a bactéria brucella.

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Outras 1.401 pessoas testaram positivo previamente, embora não tenha havido mortes reportadas, disse a Comissão da Saúde da cidade. No total, as autoridades testaram 21.847 pessoas da população de 2,9 milhões da cidade.

Sintomas

A doença, também conhecida como febre de Malta ou febre do Mediterrâneo, pode causar sintomas incluindo dor de cabeça, dor muscular e fadiga.

Enquanto esses possam cessar, alguns sintomas podem se tornar crônicos ou nunca desaparecerem, como artrite ou inchaço em certos órgãos, de acordo com o Centro para Prevenção e Controle de Doenças (CDC) dos EUA.

Transmissão de pessoa para pessoa é extremamente rara, de acordo com o CDC. Ao invés disso, a maioria das pessoas é infectada ao consumir alimentos ou respirar a bactéria – o que parece ser o caso em Lanzhou.

Surto se originou de vazamento em fábrica farmacêutica

Esse surto se originou de um vazamento na fábrica farmacêutica biológica Zhongmu Lanzhou, que ocorreu entre o fim de julho e fim de agosto do ano passado, de acordo com a Comissão de Saúde da cidade.

Enquanto produzia vacinas contra brucella para uso em animais, a fábrica utilizou desinfetantes e antissépticos fora da validade – o que significa que nem todas as bactérias estavam erradicadas no vazamento de gás.

Esse gás contaminado formou aerossóis que continham a bactéria – e vazou no ar, levado pelo vento que chegou ao Instituto de Pesquisa Veterinária Lanzhou, onde o surto surgiu pela primeira vez.

Pessoas no instituto começaram a relatar infecções em novembro e isso acelerou rapidamente. Até o fim de dezembro, pelo menos 181 pessoas no instituto haviam sido infectadas com a brucelose, de acordo com a agência estatal chinesa Xinhua.

Outros pacientes infectados incluíram estudantes e docentes da Universidade Lanzhou. O surto ainda se espalhou para a província de Heilogjiang, no extremo norte do país.

Investigação

Nos meses após o surto, oficiais provinciais e municipais iniciaram uma investigação sobre o vazamento na fábrica, de acordo com a Comissão de Saúde de Lanzhou.

Até janeiro deste ano, autoridades haviam revogado licenças de produção de vacina para a fábrica, e retirou aprovação de produtos para duas de suas imunizações contra brucelose.

Em fevereiro, a fábrica emitiu um pedido de desculpas público, e disse que havia “punido severamente” oito pessoas que foram consideradas responsáveis pelo incidente.

Ela acrescentou que cooperaria com autoridades locais em resposta aos esforços de limpeza, e contribuiria com um programa de indenização para os que foram afetados.

A Comissão de Saúde de Lanzhou também anunciou em seu relatório na terça-feira que 11 hospitais públicos ofereceriam exames gratuitos para os pacientes infectados.

O relatório não forneceu detalhes adicionais sobre a indenização para os pacientes, com exceção de que elas seriam abertas em lotes a partir de outubro.

Brucelose na China e em outros países

A brucelose era muito comum na China nos anos 1980, embora desde então tenha diminuído com o surgimento de vacinas e melhor prevenção e controle de doenças.

Mesmo assim, houve grandes casos de brucelose no mundo nas últimas cinco décadas.

Um surto na Bósnia infectou cerca de mil pessoas em 2008, levando ao abate de ovelhas e outros rebanhos infectados.

Nos EUA, a brucelose custou ao governo federal e à indústria de rebanhos bilhões de dólares.

Fonte: CNN

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