Por volta das 17h de sábado (3) relatos como cheiro de borracha queimada chegaram ao Corpo de Bombeiros um atrás do outro, em Yokohama (Kanagawa). Foram dezenas de telefonemas de pessoas residentes nos bairros de Naka, Kohoku e Kanagawa.
De acordo com o Corpo de Bombeiros e Delegacia de Polícia de Yamate nenhuma substância prejudicial foi detectada e a causa do odor desagradável é desconhecida.
Na parte sul da capital da província e também nas cidades de Yokosuka e Miura foram dezenas de relatos em 1.º deste mês. As pessoas informaram cheiros de tíner ou de borracha queimada.
Esses últimos relatos mais os de 4 de junho, 17 de julho, 21 de agosto e 19 de setembro, ainda não têm causa conhecida, por isso o governo de Kanagawa decidiu conduzir uma investigação. Até o momento não há informação sobre pessoas que tiveram mal-estar.
Relação com terremoto?
Manabu Takahashi, especialista em gerenciamento de risco de desastres, professor do Centro de Pesquisa de Civilização da Orla do Pacífico, da Universidade Ritsumeikan, analisa que “o recente terremoto e o odor ofensivo estão relacionados”. Referiu-se ao terremoto ocorrido em 27 de setembro, de intensidade 4, que abalou Shizuoka, Aichi e Nagano.
“Odores e terremoto: cada um desses fenômenos, acredita-se que o movimento da placa do Mar das Filipinas seja a causa. O leste do Japão está sobre a placa norte-americana enquanto o oeste sobre o da Eurásia. A placa do Mar das Filipinas é empurrada pela outra do Pacífico. Com o movimento dela podem ocorrer terremotos e pensa-se que pode ocorrer odores estranhos”.
Em outras palavras, nem o terremoto ocorrido em 27 de setembro nem os odores são fenômenos desconexos. No entanto, mesmo que a causa seja conhecida, é imprevisível quando e onde ocorrerá um grande terremoto. O assustador é que a subducção da placa do Mar das Filipinas pode estar levando a uma espécie de distorção das placas da América do Norte e da Eurásia ao seu limite.
Fontes: ANN, Kanagawa Shimbun, FNN e Gendai Digital