Imagem ilustrativa de pessoa com depressão (Pixabay)
Uma das causas do suicídio é a depressão. E essa doença, segundo a OMS-Organização Mundial da Saúde, é uma das que mais incapacita as pessoas ao trabalho. Por isso, uma descoberta dá uma luz para a causa e tratamento.
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Uma equipe de 9 pesquisadores do Hospital da Universidade Jikei, de Tóquio, fez uma descoberta que muda a forma de tratamento da depressão. Os pesquisadores indicam que a depressão não é uma doença psiquiátrica ou síndrome cuja origem está na fraqueza emocional da pessoa.
Professor e um dos integrantes da equipe de pesquisa, Kazuhiro Kondo (ANN)
Descobriram o gene do vírus que produz a substância que causa a depressão –SITH-1 – uma nova proteína específica para infecção latente por HHV-6B ou herpesvírus 6B humano.
Os testes foram realizados com camundongos. Eles expressaram SITH-1 no local da infecção latente HHV-6B e apresentaram sintomas depressivos, segundo um dos pesquisadores, Kazuhiro Kondo.
A depressão não é uma doença que está por sua conta e risco devido à sua fraqueza
E quase todas as pessoas possuem esse herpesvírus mas pouco se sabe sobre o seu efeito da fase latente em seu hospedeiro. O herpesvírus humano 6B (HHV-6B) é um dos mais ubíquos – que está espalhado por todos os lugares, e os astrócitos olfativos são um dos locais mais importantes de sua latência.
Sintomas depressivos devido a SITH-1 foram associados a um eixo HPA hiperativado.
Kondo explicou que a proteína chamada SITH-1 aumenta devido à fadiga e ao estresse, e 80% dos pacientes deprimidos são afetados, sendo que podem ser examinados por exame de sangue.
“Se pode prevenir a depressão investigando se a pessoa tem tendência e ajustando seu estilo de vida e de trabalho. A depressão não é uma doença que está por sua conta e risco devido à sua fraqueza”, explicou, mudando o paradigma existente até então.
O professor Kondo também tem como objetivo desenvolver um tratamento fundamental para a depressão, diante do que foi descoberto.
O trabalho de pesquisa foi publicado no site Science Diret, em inglês.
Fontes: ANN, Jikei e Science Direct