Em relação à nova variante do coronavírus (SARS-CoV-2) encontrada nos 4 passageiros que voltaram do Brasil, identificada por pesquisadores japoneses no dia 10, “provavelmente evoluiu de uma linhagem do vírus que circula no estado do Amazonas”, diz nota técnica publicada na terça-feira (12), horário de Brasília, por pesquisadores do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD), da Fiocruz Amazônia.
Esses 4 passageiros são de nacionalidade japonesa, todos da mesma família, os quais estiveram no Amazonas e retornaram em 2 deste mês. A filha adolescente era assintomática, o filho teve febre, a mãe apresentava quadro de dor de cabeça e de garganta, enquanto o pai teve que ser internado por causa da piora no sistema respiratório.
A variante foi designada provisoriamente de B.1.1.28 (K417N / E484K / N501Y) e pode ser uma linhagem do vírus emergente no Brasil.
O pesquisador e cientista Felipe Naveca, que lidera a investigação científica, explica que ainda é preciso mensurar a circulação da variante no estado para estimar se ela teve impacto no aumento do número de casos e mortes pela doença.
Segundo a nota técnica, o SARS-CoV-e B.1.1.28 já circula no Amazonas desde abril de 2020, porém evoluía a uma taxa constante entre abril e novembro, sem apresentar tantas mutações na proteína S ou em outras regiões genômicas.
Em nota, o Ministério da Saúde do Brasil informou que, de acordo com as autoridades japonesas, a nova variante tem 12 mutações e que uma delas é a mesma encontrada nas variantes identificadas no Reino Unido e na África do Sul, “o que implica maior potencial de transmissão do vírus”. A nota do ministério destaca que não há “evidência científica que aponte impacto na efetividade do diagnóstico laboratorial ou das vacinas em estudo atualmente contra a Covid-19″.
Até quarta-feira o estado do Amazonas registrou 219,5 mil casos de infecção pelo novo coronavírus.
Fontes: Agência Brasil e Chunichi