O MHLW-Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar informou na sexta-feira (29) os dados sobre os trabalhadores estrangeiros no Japão, até final de outubro de 2020, os quais mostram recorde.
Pela primeira vez chegou a 1.724.328, o que mostra aumento de 4% em relação ao ano anterior ou de 65.524 estrangeiros.
A tendência de aumento das contratações continua em um cenário de escassez de mão de obra, mas a taxa de aumento desacelerou significativamente, de 13,6% em relação ao ano anterior. A deterioração da situação do emprego é devido ao impacto causado pela epidemia do novo coronavírus.
Como os sindicatos e entidades de apoio vêm apontando vozes como “perdi o emprego” ou “o tratamento é diferente dos japoneses”, o governo pretende fortalecer as medidas para apoio à empregabilidade dos estrangeiros.
Trabalhadores estrangeiros por país
Os oriundos do Vietnã continuam na liderança do ranking, com 443.998, o que correspondem a ¼ do total; seguidos da China, com 419.431 trabalhadores.
Em terceiro vêm os filipinos, com 184.750 trabalhadores.
Os trabalhadores brasileiros representam 7,6% do total, com 131.112. Foi vista uma queda de 4.343 em relação ao ano anterior (3%). Os trabalhadores peruanos somam 29.054, com 500 a menos que em 2019, ou 1,7%.
Segundo informações do governo, 48% dos trabalhadores brasileiros possuem visto de residente permanente.
Em geral, os brasileiros (53%) e peruanos (40%) trabalham através das chamadas empreiteiras, nas indústrias de transformação.
A região metropolitana é onde mais emprega estrangeiros, seguida de Aichi, Osaka e Kanagawa. Os segmentos que mais empregam são os da indústria de transformação (28%), serviço (16%), varejo (13,5%) e construção civil (6%).
Fontes: governo, Tokyo Shimbun e Mainichi