Ilustrativa (banco de imagens)
A pandemia tem sido particularmente isoladora para a população mais velha do Japão, que não está acostumada a se comunicar online.
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O teletrabalho e falta de encontros sociais durante a luta do Japão contra o coronavírus deixou as pessoas se sentindo cada vez mais estressadas e solitárias.
O isolamento causado pela pandemia foi culpado pelo primeiro aumento nos suicídios no Japão em 11 anos.
Reconhecendo isso como um problema grave, o Primeiro-Ministro Yoshihide Suga lançou na sexta-feira (12) um designado posto no Gabinete para aliviar o isolamento social.
Tetsushi Sakamoto, que foi escolhido para o cargo, trabalhará como coordenador para esforços por vários ministérios e agências. Suas outras responsabilidades incluem revitalização regional, assim como cuidar da queda de natalidade do Japão.
Sakamoto deve formar uma equipe dedicada à comunicação vinculada, e acolherá um fórum com grupos de advocacia e outros representantes já neste mês para identificar principais prioridades. Suga, em particular, citou um aumento nos suicídios entre mulheres.
O Reino Unido, que apontou um designado ministro da solidão em 2018, tem um problema de isolamento com seus cidadãos mais velhos, explica Sakamoto em sua página na web.
No Japão, por outro lado, a solidão aflige diferentes grupos etários, incluindo crianças, jovens, mulheres e idosos, observa ele, vendo a necessidade de pesquisa detalhada.
O isolamento pode normalmente ser exacerbado durante desastres naturais e outras catástrofes.
Após o Grande Terremoto de Hanshin de 1995 e o de Fukushima em 2011, muitas vítimas idosas não tiveram escolha além de se mudarem para abrigos temporários, onde elas depois morreram sem ninguém ao lado delas. Tais mortes solitárias, chamadas de kodokushi em japonês, se tornaram uma grande preocupação pública no país.
A pandemia só tornou o problema ainda pior. Encorajados a ficarem em casa e evitarem locais aglomerados e de contato próximo, idosos no Japão que não estão acostumados a se comunicarem online ficam isolados do mundo lá fora.
Fonte: Asia Nikkei