A maioria das pessoas que têm Covid-19 estão protegidas de contraí-la novamente por 6 meses, mas pacientes idosos são mais propensos a se reinfectarem, de acordo com um pesquisa revisada em pares (peer-reviewed) publicada no jornal médico Lancet na noite de quarta-feira (17).
O primeiro estudo de larga escala de taxas de reinfecção por coronavírus foi realizada na Dinamarca em 2020 com descobertas confirmando que somente uma pequena proporção das pessoas (0,65%) retornaram com resultado PCR positivo duas vezes.
Entretanto, enquanto infecção prévia tenha oferecido 80% de proteção contra reinfecção àqueles com idade igual ou inferior a 65 anos, para pessoas acima dessa idade foi conferido somente 47% de proteção, indicando que elas têm mais probabilidade de contrair Covid-19 novamente.
Os autores do estudo – que foi conduzido por pesquisadores do Instituto Staten Serum e a Universidade de Copenhague da Dinamarca, e o Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças na Suécia, e não receberam fundos – não encontrou evidência de que proteção contra reinfecção diminuiu dentro de um período de sequência de 6 meses.
O Lancet citou que as descobertas da pesquisa validam estratégias que priorizam a proteção de idosos durante a pandemia, como distanciamento social melhorado e priorização para vacinas, mesmo para aqueles que se recuperaram da doença.
“Nosso estudo confirma o que vários outros pareceram sugerir: reinfecção por Covid-19 é rara nos mais jovens, pessoas saudáveis, mas os idosos estão sob grande risco de contraí-la novamente”, comentou o Dr. Dr. Steen Ethelberg do Instituto Statens Serum.
“Visto que pessoas mais velhas têm mais probabilidade de vivenciar sintomas severos da doença, e podem morrer, nossas descobertas esclarecem o quão importante é implementar políticas para proteger idosos durante a pandemia”, disse.
Fonte: CNBC