A ONG Second Harvest Nagoya, a qual faz coleta e distribuição de alimentos, está pedindo socorro para ajudá-la a reunir mais por causa do aumento da demanda.
Ela é um food bank, ou seja, recebe contribuições de alimentos das empresas e pessoas físicas, para repassá-las em forma de cesta básica para as pessoas que estão passando por necessidade, principalmente na epidemia. E esse número aumentou. Em 2019 a média anual foi de 5 mil caixas de 15kg, no ano seguinte aumentou para 7 mil, mas só em março deste ano o volume foi de 2 mil.
Diariamente chegam fax das entidades das 3 províncias da região Tokai – Aichi, Gifu e Mie – pedindo mais auxílio para as pessoas necessitadas. Normalmente é colocado um pacote de 5kg de arroz na caixa. Mas, com o aumento de famílias pedindo, principalmente as monoparentais, a ONG precisa aumentar essa quantidade.
comecei a ver um pouco de esperança para viver
O consumo está acelerado este ano e o responsável não esconde a ansiedade. Se pergunta “o estoque (de arroz) vai durar até o verão?”. Além disso, não há salsichas suficientes para armazenar à temperatura ambiente quando os alimentos enlatados já acabaram.
As pessoas que receberam os alimentos continuaram a expressar sua gratidão, dizendo “esta comida é vida para mim” ou “comecei a ver um pouco de esperança para viver”.
Atsushi Matsuoka, 66, um diretor da entidade, disse: “Na pior das hipóteses, entregaremos arroz mesmo se tiver que comprá-lo, mas isso seria contrário ao objetivo original da atividade. Gostaria de pedir cooperação para doações”.
O telefone para contato da ONG Second Harvest Nagoya é 052-913-6280, das 9h às 17h (em japonês), para saber como enviar os alimentos.
Outra em Aichi: estrangeiros que perderam emprego
O Centro de Aconselhamento Nowami (のわみ相談所), de Ichinomiya, também entrega cestas básicas dos alimentos recebidos por voluntários, 3 vezes por semana.
No dia 14 de maio, cerca de 70 a 80 pessoas fizeram fila para recebê-la. Entre elas, mulheres jovens e trabalhadores estrangeiros que perderam o emprego. Levam uma ecobag e ganham arroz, verduras, chá em pet bottle, macarrão e outros.
O representante da instituição, Noriyoshi Miwa, 74, disse que “algumas pessoas têm problemas até mesmo para as refeições do dia. Esta situação séria deverá continuar, pois há aumento de novas pessoas que vêm buscar ajuda”.
Fontes: Mainichi e ONG