Yui Inoue, de 40 anos, acusada de matar seus dois filhos de 7 e 9 anos (Twitter/Tempe Police)
Uma japonesa acusada de ter assassinado seus dois filhos no sábado (15) no Arizona disse que acordou com sangue em suas mãos e sem memória do que tinha acontecido, de acordo com uma declaração da polícia.
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Yui Inoue, de 40 anos, continuou presa pela suspeita de duas acusações de assassinato de primeiro grau, de acordo com a polícia de Tempe no domingo (16).
Não ficou claro no domingo se Inoue tinha já tinha um advogado para falar em seu nome. A polícia disse que a mulher falava mais japonês e tinha um intérprete para suas entrevistas.
Inoue foi de carro até um posto policial por volta das 7h de sábado e disse aos oficiais que estava escutando vozes dizendo para ela matar as crianças, segundo autoridades.
A polícia disse que um menino de 7 anos e uma menina de 9 foram encontrados mortos no apartamento.
As duas crianças estavam sob um cobertor e caixas e “havia ferimentos significantes em seus corpos, incluindo várias lacerações e algumas amputações, consistentes com um ataque violento e ferimentos de defesa”, disse o sargento Steven Carbajal, porta-voz da polícia de Tempe.
Ele disse que havia sangue e lacerações no corpo de Inoue quando ela foi detida e que havia manchas de sangue em seu carro.
Um cutelo com lâmina de 15cm foi encontrado dentro de uma bolsa com roupas ensanguentadas em seu veículo, de acordo com Carbajal.
Inoue disse à polícia que acordou por volta das 4h30 de sábado com sangue em suas mãos e braços e que as duas crianças estavam mortas perto da porta do quarto.
Ela disse que não acreditava que tinha matado as crianças, mas afirmou que não conseguia lembrar e “acordou” para a situação após tomar um banho.
A polícia disse que havia sido chamada para o mesmo apartamento na manhã de sábado por causa de uma briga envolvendo marido e esposa.
O marido de Inoue confirmou para a polícia que ele havia saído do apartamento por volta de meia-noite após discutir com a esposa por causa de mais dinheiro que ela queria para poder voltar ao Japão.
Ele disse que as crianças estavam dormindo na hora da briga e que ele não tinha preocupações em relação a Inoue machucá-las. A polícia disse que não havia razão aparente na hora para chamar autoridades de bem-estar infantil.
O marido disse à polícia que dormiu até de manhã em seu veículo no estacionamento de um banco onde ele trabalha.
Inoue e o marido iniciaram o processo de divórcio em abril, mas ainda dividiam a mesma casa e dormiam em quartos separados, disse a polícia.
Carbajal disse que os oficiais que encontraram os corpos não eram os mesmos que foram ao apartamento antes por causa da briga.
Fonte: CBS46