À esq. o médico e a ex-paciente de Covid-19, longeva (Asahi)
Elegantemente vestida, a centenária japonesa Ayako Ito, residente em Otsu (Shiga), deu uma coletiva de imprensa na segunda-feira (10) para contar como se recuperou da Covid-19.
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Nasceu em junho de 1920, ano 9 da era Taisho, portanto está prestes a completar 101 anos. Apesar de toda essa longevidade, ela mostrou para o público que encosta as mãos no chão no exercício de alongamento, dobrando o corpo.
Teve o resultado positivo para o novo coronavírus e foi internada no Omihachiman Municipal Medical Center em janeiro deste ano. O seu médico na ocasião, doutor Taku Yamaguchi, 41, a acompanhou na coletiva e os dois relataram sobre o quadro e como foi a superação.
Quando foi internada em 10 de janeiro, apresentava apenas tosse. A febre começou no terceiro dia, de 38ºC. À medida que a saturação de oxigênio no sangue diminuía, recebeu oxigênio pelo nariz. Também foi realizado um tratamento com esteróides. A administração de oxigênio foi concluída em cerca de duas semanas, e ela recebeu alta em 5 de fevereiro após a reabilitação. Voltou para casa, onde vivem ela e sua filha.
Relatou que era extremamente cuidadosa, três vezes mais do que outras pessoas, e que não consegue imaginar como ocorreu o contágio. “Imagine, eu?”, foi o que pensou quando soube que estava com Covid-19. Foi a primeira longa internação de sua vida. “Acha que vou me render?” teria dito para si mesma. Assim que seu quadro melhorou, ainda internada, praticava a poesia senryu e qigong.
O médico responsável complementou dizendo que a paciente “era sempre muito positiva e ganhava energia”. Ele disse que as pessoas que se recuperam da enfermidade causada pelo novo coronavírus são as que fazem maquiagem todos os dias, praticam origami, tricô ou outras coisas.
A longeva relatou que seu sentimento no hospital era de “confiança plena no médico”. Ele mostrou um dos poemas senryu dela, enquanto a centenária disse “estou me divertindo agora. Tenho passaporte até os 102 anos, então quero ir ali e aqui”, quando essa pandemia passar. Além disso, quer assistir aos jogos de beisebol e aos campeonatos de sumô. “Vivo o presente”, pontuou.