Um experimento para modificar mosquitos com bactérias que os impedem de transmitir vírus parece ter ajudado a reduzir a propagação da dengue na Indonésia, reportaram pesquisadores na quarta-feira (9).
Os mosquitos modificados prosperaram por 3 anos, e casos de dengue foram reduzidos em 77% em áreas onde eles foram introduzidos, reportaram pesquisadores no New England Journal of Medicine.
Os mosquitos são infectados com uma bactéria chamada Wolbachia, que não somente interfere na habilidade dos vírus viverem nos corpos dos insetos, mas também controlam a reprodução para que eles tenham somente filhotes infectados pela Wolbachia. O resultado é uma crescente população de insetos que não passam vírus como dengue, febre amarela e Zika.
O estudo envolveu mais de 8 mil pessoas, cerca da metade das quais viviam em áreas onde mosquitos Aedes aegypti modificados viviam e se reproduziam.
A dengue foi diagnosticada em 9,4% daqueles que viviam em áreas com mosquitos não modificados, e em 2,3% de pessoas vivendo em áreas onde mosquitos haviam sido soltos. “A eficácia protetora da intervenção foi de 77,1%”, escreveram os pesquisadores.
Cerca de 400 milhões de pessoas são infectadas pela dengue todos os anos, de acordo com o Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC). O vírus, que tem quatro cepas, deixa 100 milhões de pessoas doentes e mata 22 mil anualmente.
Fonte: CNN