A Zenroren (全労連), forma abreviada da Confederação Nacional dos Sindicatos (全国労働組合総連合), apontou que “o salário mínimo baixo é um fator que aumenta a disparidade e a pobreza devido aos danos causados pela epidemia do novo coronavírus”, pedindo aumento.
Segundo seus cálculos, o salário mínimo por hora deveria ser de 1.441 a 1.699 ienes, para que um trabalhador na faixa dos 25 anos possa viver com dignidade. Para se bancar, precisa de cerca de 250 mil ienes por mês nas quatro cidades de Mito (Ibaraki), Nagano, Okayama e Naha (Okinawa), em 2020, incluindo impostos e prêmios de seguro social.
De acordo com as pesquisas feitas até o momento, o custo da moradia é menor nas áreas rurais do que nas grandes cidades, mas o custo do transporte, que é a base da vida diária, tende a ser mais alto.
Sem tempo para os filhos
Além disso, não há variação nas despesas com alimentação devido ao desenvolvimento das lojas da rede. No total, as diferenças regionais não são muito grandes.
No entanto, o salário mínimo atualmente é diferente, estabelecido pelos governos das províncias. É de 1.013 em Tóquio e 792 ienes em Okinawa e nas províncias de Kyushu, o menor do país. A média nacional é de ¥902 a hora. A Zenroren exige que seja uniforme em todo o país, no ano fiscal 2021.
A entidade afirmou que para que uma pessoa possa viver como part timer ou arubaito precisa trabalhar longas horas ou fazendo jornada dupla, com reduzido tempo livre para passar com os filhos.
O outro lado: governo e pequenas empresas
Por outro lado, ainda não começou a discussão sobre a revisão anual do salário mínimo no MHLW-Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, o qual considera atingir o patamar de mil ienes a hora nessas províncias que praticam o valor inferior.
A organização dos pequenos empresários clamam para manter os salários mínimos nesse patamar atual, por enquanto, pois com a crise desencadeada pela epidemia a situação está difícil, inclusive para manter suas empresas.
Fontes: NHK e Asahi