Pessoas que praticam hiking (caminhadas em ambientes naturais) e buscam subir a montanha mais alta da Escócia e outros picos na área estão sendo mandadas para rotas “potencialmente fatais” pelo Google Maps, alertaram organizações de montanhismo da região.
A John Muir Trust, instituição de caridade escocesa para conservar terras, disse na quinta-feira (15) que um crescente número de pessoas que usam o Google Maps sobem o Ben Nevis direcionadas a uma rota que é “altamente perigosa”, mesmo para os experientes.
O Ben Nevis, uma atração turística popular, é a montanha mais alta das Ilhas Britânicas, com 1.315 metros de altura. Embora milhares de pessoas a escalem anualmente, a ida até o pico não é isenta de riscos e mortes que foram registradas neste ano.
“O problema é que o Google Maps direciona alguns visitantes para o estacionamento Upper Falls, presumidamente porque ele é o que fica mais perto do pico”, disse o oficial de conservação do Nevis do John Muir Trust, Nathan Berrie, em uma declaração.
“Mas essa não é a rota certa e geralmente nos deparamos com pessoas inexperientes indo em direção à Steall Falls até o alto das encostas sul de Ben Nevis acreditando que ela é a rota para o cume”, acrescentou Berrie.
“Quando você coloca Ben Nevis e clica no ícone de carro, no alto aparece um mapa da sua rota, o qual leva para o estacionamento no topo de Glen Nevis, seguida por uma linha pontilhada que parece mostrar uma rota para o cume”, explicou Heather Morning, conselheiro de segurança de montanhas da Mountaineering Scotland, em uma declaração.
Morning disse que “mesmo os montanhistas mais experientes teriam dificuldades em seguir essa rota.
A linha leva para um terreno muito íngreme, rochoso e com percurso não definido onde mesmo com boa visibilidade seria desafiador encontrar uma linha segura. E com nuvens baixas e chuva e a linha sugerida pelo Google é potencialmente fatal”.
As organizações querem se consultar com o Google para remover quaisquer “rotas ameaçadoras”, disse a Mountaineeeing Scotland, acrescentando que apelos do John Muir para a empresa multinacional não foram respondidos.
Fonte: CNN