Um francês em greve de fome na cidade de Tóquio que busca acesso aos filhos disse que um apelo do presidente Emmanuel Macron ao líder do Japão não “havia mudado nada”, enquanto seu protesto entra na terceira semana.
Vincent Fichot, de 39 anos, diz que seus dois filhos foram raptados pela mãe japonesa, e que ele está em greve de fome desde 10 de julho em uma tentativa de se reunir com sua família.
Há 2 semanas, o ex-funcionário de finanças – que mora no Japão há 15 anos – passa dia e noite no lado de fora de uma estação perto do Estádio Olímpico, onde a cerimônia de abertura da Tokyo 2020 foi realizada na sexta-feira (23).
Macron, que participou do evento com Paris podendo sediar as próximas Olimpíadas em 2024, conversou no sábado (24) com o Primeiro-Ministro japonês Yoshihide Suga.
Durante o encontro, Macron falou sobre a “situação extremamente trágica” de Fichot, de acordo com o escritório do presidente francês, que se referiu à questão como “prioridade”.
Custódia conjunta de crianças em casos de divórcio ou separação não existe legalmente no Japão, onde raptos parentais são comuns e geralmente tolerados por autoridades locais.
A esposa de Fichot o acusou de violência doméstica, mas depois retirou a reclamação, disse ele.
“A França nem mesmo sabe se minhas crianças estão vivas, disse Fichot no sábado sobre seu filho de 6 anos e sua filha de 4, os quais ele não vê desde agosto de 2018. “É inacreditável. Primeiro são negócios e nossos filhos depois”.
Não há número oficiais, mas grupos de direitos humanos estimaram que cerca de 150 mil menores são separados forçadamente de um dos pais todos os anos no Japão.
Fonte: Japan Today