Até as 20h30 de sexta-feira (30) o Japão teve o pior resultado de testados positivo para o novo coronavírus, de 10.744 novos casos. A soma cumulativa aumentou para 913.717 pessoas infectadas.
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O número de óbitos foi de 9 pacientes com Covid-19, somando 15.184 mortes nesta epidemia.
Os maiores números de novos casos são das províncias de Kanto, a começar por Tóquio com 3,3 mil testados positivo. Foram 1.418 em Kanagawa, 853 em Saitama, 753 em Chiba, 222 em Ibaraki, 120 em Tochigi e 106 em Gunma.
Na região Kansai foram 882 em Osaka, 265 em Hyogo, 167 em Quioto e 60 em Shiga, entre outras.
Fukuoka registrou 478, foram 382 em Okinawa, 110 em Ishikawa, 30 em Fukui, 77 em Okayama e 14 em Shimane.
Na região Tokai o maior número foi em Aichi, de 229. Foram 121 em Shizuoka, 34 em Gifu e 33 em Mie.
Na quarta-feira (28) foram realizados 49.892 testes PCR.
Em relação à inoculação, até quinta-feira (29) foram aplicadas mais de 84 milhões de doses (84.009.438), o que corresponde a 25% da população já vacinada.
O Primeiro-Ministro do Japão, Yoshihide Suga, fez pronunciamento às 19h de sexta-feira (30) para anunciar que decidiu adicionar 4 províncias sob o estado de emergência. São Saitama, Chiba, Kanagawa e Osaka, além de estender o prazo para Tóquio e Okinawa, que terminariam em 22 de agosto.
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As medidas prioritárias de prevenção da propagação serão aplicadas às cinco províncias: Hokkaido, Ishikawa, Hyogo, Quioto e Fukuoka.
O período de aplicação dessas duas medidas emergenciais é entre 2 a 31 de agosto.
Infecção a uma velocidade jamais vista
“O número de pessoas recém-infectadas pelo novo coronavírus em todo o país continua a aumentar em muitas províncias, incluindo as áreas metropolitana e de Kansai. A infecção prolifera a uma velocidade nunca vista antes”, disse Suga.
Destacou como principal fator para essa infecção explosiva a variante Delta. E demonstrou forte preocupação em relação à substituição do coronavírus convencional por essa cepa.
Fadiga da autocontenção
“Ao avançarmos na vacinação, decidimos tomar medidas sólidas em cada região, ampliar as províncias alvo dessas medidas, e estender o prazo, para evitar a falta de leitos”, explicou.
“À medida que o período de autocontenção se torna mais longo, há preocupação sobre o aumento da fadiga”, disse Suga. Apelou para a população da faixa etária mais jovem para agir com cautela até que apareçam os resultados da vacinação.
Teste PCR antes de viajar
À população pediu para evitar sair ou se deslocar desnecessariamente agora no verão, especialmente no feriado de Obon. Caso necessite viajar para outra província, como retornar à terra natal, reiterou o de sempre – medidas preventivas completas – adicionando fazer o teste PCR, sem falta.
Suga em pronunciamento às 19h de sexta-feira (NHK)
“Evite beber na rua, comer com pessoas que você não costuma encontrar, se reunir com um grande número de pessoas ou por muito tempo”, pontuou. Especialmente durante a realização da Tokyo 2020 encorajou as pessoas a assistirem às competições em casa, sem aglomerações.
Acelerar a verba de cooperação aos bares e restaurantes
“Há muito tempo que estamos causando incômodo aos bares e restaurantes. Faremos o possível para criar um ambiente para que os exames sejam mais simples, para os pedidos da verba de cooperação possam ser pagos prontamente. Em cada província, vamos ampliar o patrulhamento dos restaurantes e melhorar a eficácia das medidas”, prometeu.
Que seja a última declaração do estado de emergência
“Quanto ao fim do estado de emergência, faremos uma análise concreta com foco na carga do sistema de assistência médica, como a taxa de utilização dos leitos, pacientes gravemente enfermos; juntamente com o status da vacinação. Mostraremos o caminho para a flexibilização das restrições à atividade econômica. Até o final de agosto, faremos o possível para tomar todas as medidas possíveis com a determinação de que esta declaração seja a última. Peço sinceramente a sua colaboração”, explicou e apelou.
Não pensa em lockdown
Quando questionado pelos repórteres se ele tem planos de considerar mudar a legislação para permitir o lockdown, respondeu que a inoculação é a solução, justificando que o país não se acostuma com esse método.
Declarou “minha maior responsabilidade é suprimir essa onda rapidamente”, acrescentando que é papel do governo proteger a vida e a saúde da população.
Caso queira, assista ao pronunciamento na íntegra.