Relatórios iniciais da África do Sul indicam que a variante ômicron do coronavírus é bem mais contagiosa do que variantes anteriores enquanto causa doença mais leve, embora especialistas no país tenham alertado que dados definitivos não estariam disponíveis por semanas.
“Esse vírus vem com barris carregados – alta infecciosidade e potencialmente a habilidade para evasão imune. Mas talvez o que está faltando é patogenicidade”, disse o Dr. Warner Greene, diretor do Centro para Pesquisa de Cura do HIV nos Institutos Gladistone em São Francisco nos EUA.
Casos de Covid-19 na província de Gauteng na África do Sul estão dobrando todos os dias e 75% das infecções são pela ômicron. Há também um aumento semanal nas hospitalizações.
Mas até agora não houve um aumento no número de mortes ou mesmo de pessoas hospitalizadas que precisam de oxigênio, disse Greene, que falou em uma coletiva com os repórteres na segunda-feira (6).
Atualmente, o epicentro global dos casos de ômicron é o distrito de Tshwane na província de Gauteng ao nordeste de Joanesburgo. Casos nessa área aumentaram exponencialmente nas últimas várias semanas, de acordo com o Conselho de Pesquisa Médica Sul-Africano.
Há agora relatórios clínicos iniciais de hospitais em Gaiteng surgindo, e eles são encorajadores, disse Greene.
“Esse parece ser um vírus altamente infeccioso, mas ele pode não ser tão virulento ou patogênico como a variante Delta”, disse ele. Entretanto, mais dados são necessários para ter quaisquer conclusões.
A ômicron, que tem mais de 50 mutações, é a mais recente cepa descoberta do SARS-CoV-2 que causa a Covid-19. Ela foi detectada pela primeira vez no sul da África e nomeada “variante de preocupação” pela Organização Mundial da Saúde em 26 de novembro.
Fonte: USA Today