Bandeira dos EUA dentro de uma das bases (OTV)
Na semana anterior, sexta-feira (8), os representantes dos dois governos – Japão e EUA – chegaram a um consenso em relação à cooperação das bases militares no país, por causa dos surtos de infecção do novo coronavírus, sendo que em Okinawa, foi o gatilho para a disseminação da ômicron na sociedade local.
Publicidade
Assim, ficou acordado que devem usar máscara fora das bases, independente do status de vacinação. Além disso, todos os militares que chegarem nos voos charter deverão fazer o teste PCR, como medida preventiva. Mas, ainda não tinha sido firmado um acordo de restrição das saídas dos militares para fora das respectivas bases.
Restrições aos militares americanos
No domingo (9) ficou decidido que a partir de segunda-feira (10), pelos próximos 14 dias, até 24, todo o pessoal das Forças dos EUA, terá as atividades fora das instalações permitidas restringindo às essenciais, como trânsito para a escola, compras nos supermercados, serviços de banco, visita ao médico, buscar comida, entre outras. Ou seja, durante esse período fica estabelecido um toque de recolher entre 22h às 6h, em todas as bases instaladas no país.
Mas, ao saírem não podem ir a clubes, bares, shopping centers, parques, fazer viagens domésticas, entre outras proibições.
Base americana em Yamaguchi
Na província de Yamaguchi tem uma base na cidade de Iwakuni, onde foram relatados 704 casos de infecção pelo coronavírus, entre 27 de dezembro a 9 de janeiro. Assim, os casos na província, que anteriormente eram de 1 dígito, passaram a ter 2 dígitos a partir de 29 de dezembro, acompanhando os números da base de Iwakuni, chegando aos picos 181 e 180 nos dias 6 e 7 de janeiro. No domingo fechou com 152 testados positivo.
Por causa disso, o número de infectados pela ômicron já está em 127 casos na província. Isso refletiu também na província vizinha de Hiroshima, supostamente pelas idas e vindas dos militares americanos, que são poucos em relação a Okinawa, calculado em cerca de 3 mil.
Okinawa: tensão no sistema médico
Um dos portões do Camp Foster em Okinawa (FNN)
Em Okinawa são estimados 45 mil, os quais têm muito mais interação com a sociedade japonesa. Os primeiros casos de ômicron foram confirmados em funcionários japoneses das bases americanas, em dezembro, disseminando para seus familiares e na sociedade.
O motivo desse surto foi que os militares americanos que chegaram transferidos não faziam o teste PCR antes da partida, nem na chegada. E nem todos são vacinados. Eles não passam pelo controle da Quarentena dos aeroportos civis, pois vêm em voos charter, direto para as bases militares.
Tanto Okinawa quanto Yamaguchi estão amargando as consequências com números recordes de testados positivo e a variante ômicron se espalhando rapidamente.
No sábado foram 1.753 testados positivo em Okinawa, o pior de todos os tempos. No domingo confirmou 1.533 e nas bases, foi recorde de 429 no total.
Okinawa, Yamaguchi e Hiroshima estão sob a aplicação das medidas prioritárias para frear a epidemia, com restrições aos cidadãos.
Nas ilhas Ryukyu há 437 médicos e enfermeiros em licença, afetando 14 instituições hospitalares, por causa do coronavírus, o que causa tensão no sistema médico. Até domingo são 16 hospitais com restrições à emergências e 9 restringindo consultas.
Fontes: Chugoku Shimbun, ANN, FNN, OTV, NNN, M&A e CNN