Funcionários acusaram o principal diretor da Organização Mundial da Saúde – OMS na região do Pacífico Ocidental de racista, antiético e de comportamento abusivo que prejudicou os esforços da agência das Nações Unidas a controlar a pandemia de coronavírus.
As alegações foram explicadas em uma queixa interna apresentada em outubro em um e-mail na semana passada enviado por funcionários não identificados à alta liderança da OMS e seu conselho executivo e obtida pela Associated Press – AP.
Dois dos autores disseram que mais de 30 atuais e ex-funcionários da OMS estavam envolvidos na escrita do e-mail.
A queixa interna e e-mail descrevem uma “atmosfera tóxica” com “uma cultura sistêmica de bullying e ridicularização pública” na sede do Pacífico Ocidental da OMS em Manila, nas Filipinas, liderada pelo Dr. Takeshi Kasai, diretor de uma vasta região que inclui a China e o Japão.
A queixa e mensagem também acusaram Kasai de compartilhar indevidamente com seu país, o Japão, informação potencialmente delicada sobre vacina.
Em um e-mail à AP, Kasai negou as alegações de racismo e comportamento antiético.
Kasai disse que estava comprometido a fazer mudanças as quais garantiriam “um ambiente de trabalho positivo”.
Entretanto, uma mensagem interna da OMS vista pela AP mostra que em uma reunião na semana passada, Kasai ordenou que todos os seus altos diretores “rejeitassem as acusações no e-mail e o apoiassem totalmente”.
Kasai é um médico que iniciou sua carreira no sistema público de saúde do Japão antes de se mudar para a OMS. Ele é atribuído ao desenvolvimento da resposta da região a surtos emergentes após a epidemia de SARS em 2003.
Fonte: Japan Today