A Hitachi disse nesta quinta-feira (10) que suspenderia suas operações na Rússia, mas parou de ligar a decisão à pressão ucraniana, direcionando a atenção para a dificuldade que muitas empresas estão encontrando em acertar um balanço entre os negócios e risco reputacional.
— Mykhailo Fedorov (@FedorovMykhailo) March 8, 2022
A decisão do conglomerado japonês ocorreu dois dias após o vice-primeiro-ministro ucraniano Mykhailo Fedorov ter pedido a suspensão em um tuíte, ao qual ele anexou uma imagem de sua carta ao CEO da Hitachi, Toshiaki Higashihara.
A Hitachi, que produz e vende maquinário de construção na Rússia, disse em uma declaração que suspenderia as exportações e a maioria das operações no país, com exceção de instalações vitais de energia elétrica. Ela não fez menção sobre quaisquer comunicados do governo ucraniano.
Um porta-voz da Hitachi não confirmou se a companhia havia recebido a carta de Fedorov, mas reconheceu que a Hitachi havia sido abordada pela conta dele no Twitter.
Executivos japoneses dizem privadamente que estão preocupados com o risco reputacional de não tomarem uma posição política contra as ações da Rússia na Ucrânia, visto que muitos citam razões logísticas por suspender o trabalho no país.
Outras empresas japonesas também anunciaram a suspensão de operações na Rússia pela invasão na Ucrânia, como a Sony e a Shiseido.
Fonte: Nippon