A Rússia começou a deslocar mísseis com capacidades nucleares em direção a sua fronteira com a Finlândia, horas após Moscou ter prometido não tolerar os planos de Helsinque de se juntar à Otan.
O Kremlin emitiu um alerta dizendo que planos da Finlândia e Suécia de se juntarem à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) eram um “erro grave com consequências de longo alcance”.
O vice-primeiro-ministro russo, Sergei Ryabkov, disse “Eles não deveriam se iludir achando que simplesmente vamos tolerar isso, e insistiu que “o nível geral de tensão militar aumentará”.
Na manhã de segunda-feira (16) um vídeo, o qual acredita-se ter sido filmado em uma estrada que leva a Vyborg, a cerca de 40Km da fronteira com a Finlândia, mostra a mobilização de mísseis móveis Iskander.
Acredita-se que 7 lançadores estejam em rota, de acordo com um comentário em um vídeo de uma dash cam transmitido pela mídia russa.
Pode-se ouvir uma pessoa dizendo, “Assim que o presidente da Finlândia disse que eles estavam se juntando à Otan, uma divisão toda de Iskanders estava sendo deslocada em direção a Vyborg.
“Parece que uma nova unidade militar está prestes a ser formada em Vyborg ou na região”.
As imagens surgem quando foi afirmado pela rede de TV estatal russa que Moscou poderia lançar armas nucleares em sua fronteira europeia se a Suécia e a Finlândia permitissem bases militares em seus territórios.
A Finlândia anunciou oficialmente no domingo (15) planos de se filiar à Otan, desafiando alertas da Rússia de que a medida seria encontrada com “medidas retaliatórias”.
Horas depois, o partido Social Democrata da Suécia abandonou sua oposição de 73 anos de se juntar à aliança, abrindo mão de décadas de não alinhamento militar após a invasão russa à Ucrânia.
Em resposta, o comentarista disse ao Rossiya One: “A razão oficial deles é medo, mas eles deveriam ter mais medo na Otan”.
A Suécia e a Finlândia enfrentam oposição da Turquia, a qual disse que não veria as solicitações para se juntar à aliança militar do Atlântico de forma favorável.
Qualquer decisão exigirá aprovação de todos os 30 países membros da aliança e seus parlamentos.
Fonte: Metro UK