Cerimônia no Parque Memorial da Paz (NNN)
Na quinta-feira (23) foi realizada uma cerimônia do Serviço Memorial Nacional de Okinawa para os Mortos na Guerra, no Parque Memorial da Paz, em Itoman (Okinawa). Há 77 anos, mais de 200 mil vidas foram ceifadas pela sangrenta Batalha de Okinawa, um verdadeiro massacre, jamais visto, cometido pelo exército norte-americano.
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Os cidadãos da província foram unir as mãos em oração pelos antepassados perdidos, diante dos nomes cravados na Pedra Angular da Paz.
Pela primeira vez em 3 anos o governo da província convidou o primeiro-ministro para a cerimônia, porque nos anos anteriores a cerimônia foi comedida por causa da epidemia do coronavírus. O governador Denny Tamaki proferiu as palavras de declaração da paz.
Uma parte dos cidadãos que assistiam à cerimônia, ao ouvir “faremos o possível para reduzir a carga das bases americanas”, dita por Fumio Kishida, começou a protestar. “Vá embora”, “Não imponha as bases em Okinawa” ou “Ouça a voz de Okinawa”, diziam as pessoas em coro, mostrando seus cartazes de protesto.
Coros e cartazes de protesto (Mainichi)
Em relação ao plano de realocar a estação aérea militar de Futenma dos EUA, na cidade Ginowan, para a área costeira de Henoko, cidade de Nago, mais de 70% das pessoas se opuseram ao aterro na votação da província em fevereiro de 2019, mas o governo japonês prossegue com a obra.
As vozes de protesto continuam se levantando em oposição a essa nova base americana e também à quantidade delas nas ilhas.
O primeiro-ministro Kishida mencionou em suas saudações o desenvolvimento econômico e a redução da carga na base promovendo Okinawa, mas não tocou no assunto da realocação de Henoko.
Família visita a Pedra Angular da Paz em memória de seus antepassados que morreram na guerra (NNN)
Fontes: NNN e Mainichi