A China usou a visita da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, a Tapei como pretexto a fim de se preparar para uma possível invasão de Taiwan e expandir seu controle por toda a região, disse o ministro de Relações Exteriores da ilha, acrescentando que Pequim vinha planejando a ação há algum tempo.
Os exercícios militares recentes da China nos mares e ar em torno de Taiwan eram destinados a mudar o status quo (estado das coisas) no Estreito, disse Joseph Wu em uma coletiva de imprensa realizada em Taipei nesta terça-feira (9), acrescentando que a atividade se adicionou à preocupação de que Pequim pode proceder com uma invasão real.
As ambições da China não param em Taiwan, alertou Wu. Pequim está determinada a exercer controle por todos os mares do Leste e do Sul da China em cada extremo do Estreito de Taiwan, transformando a área toda em suas águas internas, acrescentou ele.
“Tenho certeza de que as atividades chinesas estão deixando nossos colegas como Japão muito nervosos e deixando nossos colegas no Sudeste Asiático muito nervosos também”, disse ele. “Estamos no mesmo barco”.
A China enviou mais de 120 aeronaves por toda a linha mediana do Estreito de Taiwan de 4 a 7 de agosto. Taiwan respondeu ao movimentar aviões e embarcações, emitindo alertas por rádio e implantando sistemas de mísseis com base em terra para monitorar as atividades.
Fonte: Bloomberg