A população em Hiroshima está marcando 77 anos do bombardeio atômico que devastou a cidade nos dias finais da 2ª Guerra Mundial. Mais de 3 mil pessoas se reuniram na manhã deste sábado (6) para uma cerimônia anual no Parque Memorial da Paz.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e representantes de 98 países participaram da cerimônia. A cidade não convidou representantes da Rússia ou Belarus (Bielorrússia) devido ao conflito na Ucrânia.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, se tornou o primeiro chefe da organização a participar do evento em 12 anos.
Os participantes fizeram um momento de silêncio às 8h15, a hora exata que os EUA lançaram a bomba em 6 de agosto de 1945. Ela matou cerca de 140 mil pessoas até o fim daquele ano e expôs muitas a mais radiação prejudicial.
Setenta e sete anos depois, o movimento para abolir armas nucleares está enfrentando desafios significantes. A Rússia está ameaçando usá-las contra a Ucrânia, e mais países estão enfatizando a importância de depender delas como dissuasão.
Em junho, estados que são membros do tratado de proibição de armas nucleares das Nações Unidas se encontraram pela primeira vez. Entretanto, potências nucleares e países que dependem delas para dissuasão não apoiam o tratado.
Divisões estão obscurecendo a revisão da conferência do tratado de não proliferação, que está ocorrendo neste mês.
O prefeito de Hiroshima, Kazumi Matsui, transmitiu uma declaração de paz na cerimônia deste sábado. Ele pediu aos líderes de potências nucleares que visitassem Hiroshima e Nagasaki, a outra cidade dizimada pelo bombardeio, e confrontar o horror das armas nucleares.
Fonte: NHK