O presidente russo Vladimir Putin assinou na quinta-feira (25) um decreto presidencial para aumentar o número de soldados do exército russo em 137 mil, elevando o número total de soldados para cerca de 1,15 milhão, em meio a aumento das tensões na Ucrânia.
A força militar total do exército russo foi reduzida para cerca de 1,01 milhão em 2017, visando agilização e modernização, mas como a invasão militar da Ucrânia foi prolongada, a Rússia mudou essa diretriz para aumentar a força militar. O decreto entrará em vigor em 1º de janeiro de 2023.
Desastre nuclear iminente
A Rússia e a Ucrânia se acusaram mutuamente de efetuar bombardeios em uma das maiores usinas nucleares da Europa, a usina nuclear de Zaporizhia, que foi tomada por forças russas, no sudeste da Ucrânia. No dia 25, a empresa de energia nuclear da Ucrânia “Energoatom” anunciou que o fornecimento de energia para a usina foi interrompido devido ao incêndio causado pelos bombardeios.
Em um comunicado, a empresa ucraniana culpou o lado russo, dizendo: “As ações dos invasores desconectaram completamente a usina nuclear da rede elétrica.”
Depois disso, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse que foi chamada pelo lado ucraniano para a restauração da usina nuclear. Embora a AIEA afirme que as usinas nucleares têm geradores a diesel como reservas, ela reitera que “o fornecimento confiável de energia externa é essencial para garantir a segurança da energia nuclear“.
Nessas circunstâncias, a AIEA divulgou um comunicado no dia 25, revelando que o diretor-geral Grossi liderará uma equipe de especialistas para investigar a situação na usina nuclear e pretende ir ao local dentro de alguns dias. À medida que o bombardeio na usina nuclear continua, há uma preocupação crescente com um acidente em grande escala, e o foco é se a equipe de especialistas pode entrar no local sem problemas.
Em um vídeo divulgado no dia 25, o presidente ucraniano Zelensky disse que as linhas de energia da usina nuclear de Zaporizhia, no sudeste, foram danificadas pelo ataque russo e que a Rússia levou a Ucrânia e toda a Europa à beira de um desastre nuclear, criticando fortemente a Rússia.
De acordo com um anúncio da Casa Branca nos Estados Unidos, os presidentes Biden e Zelensky tiveram uma reunião por telefone no dia 25 e trocaram opiniões sobre a usina nuclear de Zaporizhia. Com isso, os dois líderes concordaram em pedir à Rússia que devolvesse o controle da usina nuclear à Ucrânia e permitisse a entrada de uma equipe de especialistas da AIEA.
Fonte: NHK