Na tragédia ocorrida próximo à estação de metrô Itaewon, centro da cidade de Seul, na Coreia do Sul, teve aumento do número de vítimas fatais, passando para 156 pessoas.
Segundo a mídia sul-coreana, não havia segurança o suficiente nessa noite de sábado (29), criticando a resposta da polícia.
Calcula-se que mais de 100 mil pessoas foram comemorar o Halloween nessa área de Itaewon, famosa por seus restaurantes e vida noturna. Para os sul-coreanos é conhecida como o santuário do Halloween.
O plano para o sábado a noite, elaborado pelo Departamento de Polícia Metropolitana de Seul foi de destacar mais de 6 mil policiais, enviados para manifestações de dezenas de milhares de pessoas em outras partes da cidade, sendo que para Itaewon foram 130, comentaram os veículos de comunicação sul-coreanos.
Entre as vítimas fatais havia 26 estrangeiras, das quais 2 japonesas. O número de pessoas feridas chegou a 151.
Perigo da aglomeração nesse nível e como morreram
A tragédia ocorreu em uma rua estreita, de 3,2 metros de largura, perpendicular a uma avenida. As pessoas iam e viam nesse beco e, repentinamente, alguns começaram a passar mal. Não é para menos, pois calcula-se que havia pelo menos 10 pessoas por metro quadrado.
Muitas das vítimas dessa tragédia morreram de pé. Foram prensadas ao ponto de morrer por asfixia causada pelo esmagamento.
O professor Toshihiro Kawaguchi, da Universidade de Kansai, especializado em segurança de multidões, viu as imagens e emitiu sua opinião. “Pelo que pude ver nos vídeos, o local estava bastante lotado, então se tiver 11 a 12 pessoas por metro quadrado, elas são quase incapazes de se mover. Nessa situação se prevê uma força aplicada de 300 a 400 quilos”, explicou.
Com uma força aplicada a partir de 100kg já fica difícil respirar, por isso, é possível que as pessoas tenham morrido de asfixia.
Segundo as informações ⅔ das mortes dessa tragédia foram mulheres. “Por causa da força muscular e da capacidade pulmonar, em termos de força física, no caso das mulheres, ficam mais propensas a desmaiar ou se sufocar, do que os homens, nessa situação”, explicou o professor.
Flores e orações às vítimas
Na segunda-feira (31), data em que se comemora o Halloween, muitas pessoas foram às imediações do local, sem fantasias mas com trajes sóbrios, para oferecer flores às pessoas que morreram e unir as mãos em oração.
O beco onde ocorreu essa tragédia continua fechado pela polícia, com as coisas caídas no chão, como abóboras e outros ornamentos, retratando as dolorosas marcas desse inesperado acidente em uma noite festiva.
Fontes: ANN e NHK