Em um maternal e jardim de infância situado na cidade de Susono (Shizuoka), o Sakura Hoikuen (さくら保育園), descobriu-se que 3 professoras cometeram abusos contra um bebê, de 1 ano de idade.
Segundo os relatos, elas seguraram repetidamente o bebê pelas pernas, deixando-o de cabeça para baixo; xingavam de “feio”, apontavam estilete, colocavam-no dentro do depósito, batiam a cabeça dele com prancheta, entre outros atos de violência.
Esses atos de abuso teriam ocorrido entre junho e agosto deste ano, descobertos porque uma das colegas denunciou o que viu à diretoria.
Mesmo diante da gravidade, a instituição só realizou uma reunião explicativa 3 meses depois, na terça-feira (29), com cerca de 30 tutores das crianças.
O clima ficou pesado, pois os pais começaram a questionar mais e mais, com razão. Perguntaram “se fosse com seu filho, o que fariam?” ou se ouviu “estou desesperada para me conter, mas minha vontade é de socar vocês agora”. Pediram para trazer as 3 professoras e a resposta que veio da diretoria é que uma delas sequer atende à porta.
A reunião terminou sem explicações dos motivos do comportamento problemático das professoras do maternal ou qual foi a criança que sofreu o abuso ou que tipos de violência foram, deixando os tutores revoltados.
Relatos de 15 tipos de abuso e “cala-boca”
Na prefeitura da cidade de Susono foi realizada uma reunião na quarta-feira (30) e a informação é de que será realizada uma auditoria. Se forem confirmadas essas atitudes de abuso, considera-se fazer acusação criminal contra essas 3 professoras, na faixa dos 30 aos 40 anos.
Uma delas pediu demissão, segundo o maternal privado, e as outras duas consideram sair, sendo que uma delas é contratada por tempo determinado e a outra é efetiva.
Segundo os resultados de um levantamento interno, foram cometidos 15 atos de abuso diferentes, tudo “em nome da disciplina”, justificaram as 3 professoras nessa ocasião.
No entanto, essa instituição particular fez as demais professoras e os funcionários assinarem um termo de confidencialidade desses abusos, de forma que o caso não vazasse para fora. Assim, a prefeitura avalia que a instituição escondeu os fatos e considera analisar como caso criminal.
Afinal, além de esconder os abusos dos pais dos alunos, uma criança, ainda bebê, de apenas 1 ano, é totalmente indefesa e tampouco pode narrar o que sofreu.
Fontes: Asahi, ANN e FNN