Desde setembro o Japão está tendo surtos de gripe aviária e vem aumentando em um ritmo incomum. Há um risco crescente de que o número de galinhas e frangos sacrificados alcance recorde.
“Ainda estamos na primeira metade do surto e a possibilidade de que continue é muito alta”, disse um especialista para a NHK.
Nesta temporada, a gripe aviária altamente patogênica ocorreu em várias propriedades avícolas de quase todo o país, sendo que o número de aves sacrificadas chegou a 7,3 milhões até quarta-feira (28).
Se o surto continuar nesse ritmo, há um risco crescente de ultrapassar o recorde de 9,87 milhões de aves da temporada passada.
O professor Yoshihiro Sakoda, da Universidade de Hokkaido, especialista em gripe aviária, explicou por que os surtos continuaram em um ritmo incomum. “Nesta temporada, as aves migratórias infectadas com o vírus começaram a chegar pelo menos no final de setembro, o mais cedo de todos os tempos, em vários pontos do país, sendo introduzido (vírus) de forma inédita”, esclareceu.
Além disso, sobre as perspectivas futuras, disse que “quando as aves migratórias se deslocam dentro do país, o vírus continuará a ser transportado, e a infecção poderá se espalhar para outras que vivem no país, como os corvos”.
Por isso, na sua análise, se torna epidêmica e deverá prosseguir até a primavera, com mais surtos nas granjas.
Recomendou reforçar as medidas higiênicas nas granjas de galinhas poedeiras e dos frangos e patos para abate.
Já são granjas de 20 províncias até quarta-feira, de Hokkaido a Okinawa, que amargam prejuízos incalculáveis para os proprietários das granjas. Por isso, a carne de frango ou pato e os ovos estão mais caros.
Fonte: NHK