Em uma entrevista coletiva após a reunião de gabinete na segunda-feira (23), o Ministro da Economia, Comércio e Indústria do Japão (METI), Yasutoshi Nishimura, em resposta ao fato de que começou a batalha da primavera (春闘), ou seja, as discussões em relação aos aumentos salariais de 2023, disse que tem a expectativa de superar o valor suprimido com a deflação.
“Vamos possibilitar aumentos salariais contínuos em todo o país. Que as empresas que tiveram bons lucros possam aumentar 5% ou mais”, disse otimistamente.
Ele destacou que as pequenas e médias empresas ou PMEs, que têm quase 70% dos trabalhadores, são a chave para os aumentos salariais. Diante das altas dos preços das matérias-primas, ele enfatizou que o governo vai promover a criação de um ambiente em que seja possível garantir o repasse dos preços para que possam garantir recursos para aumentos salariais.
Na primeira hora da manhã, o presidente da Federação das Indústrias do Japão – Keidanren – Masakazu Tokura, e a presidente da Rengo, a Federação dos Sindicatos, Tomoko Yoshino, se reuniram Tóquio com a finalidade de negociar a batalha de primavera 2023.
“É importante ver o quanto os aumentos salariais podem ser repassados para as PMEs e, além disso, a cooperação das grandes empresas é extremamente importante”, disse Yoshino da Rengo.
“É uma reconstrução de um ciclo virtuoso da economia baseado em aumentos salariais”, disse o presidente da Keidanren. “Queremos possibilitar aumentos salariais contínuos em todo o Japão, não apenas nas grandes empresas, mas também para os funcionários das PMEs, trabalhadores arubaito e também os terceirizados”, falou otimistamente.
Até o final do mês de fevereiro as partes do lado empresarial e também dos trabalhadores deverão chegar a um consenso.
Fontes: Sankei e Mainichi