O estudo sobre a ômicron foi publicado no jornal internacional de ciência Lancet Microbe (banco de imagens)
Segundo pesquisadores, a variante ômicron da covid-19 se replica menos em condição de febre alta do que na temperatura normal do corpo humano.
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O estudo publicado no jornal internacional de ciência Lancet Microbe foi conduzido por um grupo de cientistas, sendo a maioria do Japão. Eles incluem o professor de projetos Yoshihiro Kawaoka do Instituto de Ciência Médica da Universidade de Tóquio e o professor Takeshi Noda da Universidade de Quioto.
O grupo incubou a variante delta e as subvariantes BA.5 e BQ.1.1 da ômicron em células do pulmão geradas de células-tronco pluripotentes induzidas de humanos. Eles observaram o crescimento dos vírus em temperaturas diferentes, a normal de 37ºC e elevada de 40ºC.
As três variantes apresentaram crescimento similar a 37ºC em 2 dias, aumentando para 100 mil a 1 milhão de vezes de seus números originais.
A 40ºC, a variante delta apresentou crescimento similar a de 37ºC. Entretanto, a BA.5 aumentou para apenas mil vezes e a BQ.1.1 não se replicou.
Os pesquisadores dizem que temperatura elevada no corpo durante a doença pode restringir a replicação das variantes da ômicron nos pulmões e poderia ter um papel importante em limitar a gravidade comparada à infecção pela variante delta.
Kawaoka disse que a temperatura de 40ºC também restringe a replicação do vírus da influenza sazonal. Ele acrescentou que as características do coronavírus podem ter mudado nos últimos 3 anos.
Fonte: NHK