Também conhecido como partenogênese facultativa, o ‘parto virgem’ foi documentado em espécies de aves, peixes, lagartos e cobras, mas nunca antes em crocodilos.
A fêmea de crocodilo foi capaz de produzir um feto completamente formado que era 99,9% geneticamente idêntico à ela (ilustrativa/banco de imagens)
Cientistas registraram o primeiro caso conhecido de um “parto virgem” em uma fêmea de crocodilo que não teve contato com machos por cerca de 16 anos.
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A fêmea de crocodilo foi capaz de produzir um feto completamente formado que era 99,9% geneticamente idêntico à ela.
Os cientistas disseram que a descoberta, divulgada no jornal Biology Letters, oferece “visões fascinantes”, sugerindo que seus ancestrais revolucionários, como os dinossauros, também podem ter sido capazes de autorreprodução.
Também conhecido como partenogênese facultativa, o parto virgem foi documentado em espécies de aves, peixes, lagartos e cobras, mas nunca antes em crocodilos. Esse é o processo pelo qual um óvulo se desenvolve em um embrião sem fertilização por um esperma.
A fêmea de crocodilo americano foi colocada em cativeiro no ano de 2022 quando tinha 2 anos de idade e abrigada em um recinto na Costa Rica. Ela continuou lá, sozinha, pelos 16 anos seguintes.
Em janeiro de 2018, funcionários do zoológico descobriram uma ninhada de 14 ovos no recinto. Esses ovos não eclodiram, mas um continha um feto completamente formado.
Análise genética dos tecidos do coração do feto e da pele da mãe revelou uma correspondência de 99.9%, confirmando que a cria não tinha pai.
Partenogênese facultativa é rara, mas acredita-se que ocorra quando uma espécie enfrenta condições desafiadoras ou desfavoráveis, como estresse ambiental ou falta de parceiros.
Fonte: The Guardian