Pesquisadores brasileiros em etapa decisiva do cultivo do café naturalmente descafeinado

As variedades resultantes desse cultivo poderão ter sucesso comercial, já que o atual processo de descafeinação é artificial e caro.

Xícara de café (SVG) e grãos no pé de café (RawPixel)

Uma das bebidas mais consumidas no mundo, especialmente no Japão, Estados Unidos e Europa, é o café. Mas, vem aumentando o número de consumidores que desejam tomar café sem o efeito estimulante, por isso, há algumas marcas que o oferecem descafeinado, através de um processo artificial e caro. 

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No entanto, há uma luz no Brasil. Os pesquisadores do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), um importante centro de pesquisa cafeeira que forneceu muitas das plantas de café de alto rendimento que ajudaram o Brasil a se tornar uma potência no mercado global de café, fornecendo mais de um terço do comércio, está na etapa decisiva de poder oferecer o café arábica naturalmente ou geneticamente descafeinado. A equipe está comprometida com essa pesquisa há pouco mais de 20 anos e acredita ter um potencial comercial significativo.

Os pesquisadores do IAC disseram que estão iniciando testes de campo regionais de algumas das variedades que vêm desenvolvendo há vários anos, cruzando diferentes plantas de café que naturalmente têm um teor de cafeína muito baixo, usando o banco de germoplasma de suas instalações.

“Os resultados que tivemos até agora parecem promissores, estamos otimistas”, disse Julio Cesar Mistro, pesquisador que supervisiona o projeto no IAC.

O plantio das variedades descafeinadas está sendo feito em diferentes regiões. Em cerca de dois a três anos, quando as plantas começarem a produzir os primeiros grãos, os cientistas do IAC passarão a avaliar se o café naturalmente descafeinado poderá ser produzido em escala comercial.

Na expectativa de que se torne realidade em breve, as empresas que vendem café descafeinado também poderão se beneficiar com custos reduzidos, pois podem pular esse processo de remoção da cafeína das variedades dos grãos. 

O consumo de café descafeinado responde por cerca de 10% do mercado nos EUA, segundo dados da National Coffee Association (NCA).

Embora muitos bebam café buscando especificamente o aumento de energia fornecido pela cafeína, algumas pessoas são intolerantes a ela ou preferem tomar um descafeinado no final do dia para evitar possíveis interrupções no sono.

Essa notícia repercutiu em todo o mundo, inclusive no Japão.

Fontes: Fapesp, The Guardian e Gov. Estado de São Paulo

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Número de cuidadores estrangeiros no Japão aumenta em cinco vezes

Publicado em 21 de junho de 2023, em Sociedade

A presença de estudantes estrangeiros aprendendo cuidados de enfermagem em escolas vocacionais foi um fator por trás do rápido aumento em tais trabalhadores.

Cuidadores são definidos como profissionais com especialização em cuidar de idosos e de pessoas com deficiência (ilustrativa/banco de imagens)

O número de cuidadores estrangeiros certificados no Japão aumentou em 5 vezes para cerca de 6,9 mil nos 3 anos no período dos anos fiscais de 2019 a 2022, de acordo com uma pesquisa conduzida pela Agência de Serviços de Imigração e outros.

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O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar planeja neste ano fiscal entrevistar ainda mais os locais de trabalho de cuidadores da nação, que estão atualmente sofrendo com falta de mão de obra.

Cuidadores são definidos como profissionais com especialização em cuidar de idosos e de pessoas com deficiência.

Desde março, havia cerca de 1,88 milhão de tais trabalhadores no Japão. Em um exame nacional que é realizado uma vez ao ano, as habilidades de comunicação de quem faz o teste e conhecimento em relação à demência são verificados.

O governo introduziu a qualificação de residência de cuidadores no ano fiscal de 2017.

Desde então, cuidadores estrangeiros qualificados não são mais restritos a quanto tempo eles podem permanecer no Japão, permitindo efetivamente que eles fiquem no país de forma permanente. Tais trabalhadores podem trazer membros da família para viver aqui também.

De acordo com a pesquisa, havia cerca de 400 cuidadores estrangeiros trabalhando no Japão no ano fiscal de 2017.

Entretanto, esse número saltou para cerca de 1,3 mil até o ano fiscal de 2019 e para cerca de 6,9 mil no ano fiscal de 2022. Cidadãos vietnamitas contaram por aproximadamente 40% desses números.

A presença de estudantes estrangeiros sediados no Japão se preparando para cuidados de enfermagem em escolas vocacionais e outras de treinamento foi um fator por trás do rápido aumento em tais trabalhadores.

The Yomiuri Shimbun

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