A brasileira Amelia Tieko Shimoda, residente na província de Ishikawa, relatou que em uma ida à Cascata de Wataga (綿ヶ滝), um ponto turístico famoso em Hakusan, mesma província, foi picada por um inseto que lhe causou vários dias de tratamento.
“Não passamos repelente porque tínhamos ido duas semanas antes e nada aconteceu”, contou. O incômodo, com inchaço, dores e coceira, começaram no dia seguinte, ao ponto de ter que visitar um dermatologista.
Ele disse que foi pelo inseto chamado buyu (ブユ), mas dependendo da região chama-se boyu ou buto, cujo nome é Simuliidade, conhecido popularmente no Brasil como borrachudo.
Embora seja pequeno, de 1 a 5 milímetros, a picada da fêmea é dolorosa e pode causar reação alérgica. É comum ver esse inseto nas matas, florestas, nas margens dos rios, durante todo o verão. Os horários em que esses insetos estão mais ativos são de manhã e no final da tarde.
Segundo um site especializado em dermatologia, do Japão, para evitar ser picado por esse inseto, convém passar repelente. Mas também usar calças compridas (amarradas no tornozelo para evitar que entrem pela barra) e camisas de manga longa ao visitar lugares como as matas e rios. Uma dica importante é evitar roupas de cores escuras como preto ou marinho, as preferidas dos borrachudos. O ideal é usar cores claras como branco, amarelo ou outras para evitar que se aproximem.
Se no dia seguinte às picadas tiver muito desconforto pode comprar um medicamento à base de esteroides (ステロイド) ou visitar um dermatologista para ser medicado.
Outro inseto que causa dores
Um outro comum no verão é o inseto conhecido popularmente no Brasil como mutuca ou butuca (Tabanidae), chamada de abu (アブ) no Japão. Diferente do borrachudo, é maior, mede de 0,8 a 3 centímetros, dependendo do lugar e da variedade, pois no arquipélago japonês são mais de 100.
É comum encontrá-lo nas matas, florestas, rios e lagos, por isso, muitos campistas relatam picadas no verão. Não oferece risco de choque anafilático, por isso, depois da picada, convém lavar a área com água limpa.
As recomendações de vestimenta são as mesmas do borrachudo, além de usar repelente.
Para quem prefere um natural, saiba que este não gosta do cheiro da menta ou da hortelã, por isso, pode preparar um repelente em spray, misturando algumas gotas do óleo essencial em água e borrifar na pele e na barraca.
Pode ser comprado em qualquer drogaria ou online na Amazon ou Rakuten. Esse óleo essencial pode ser usado na água dentro do balde para passar pano no piso de casa, nas portas e telas das janelas para evitar a entrada de outros insetos como o pernilongo também. É muito útil tê-lo em casa.
Mosquitinho do mangue
Esse é outro que incomoda durante o verão e outono, o chamado nukaka (ヌカカ) em japonês, menor do que a mutuca. Dependendo da variedade, costuma ser encontrado à beira-mar, nos arrozais e nas matas. Causa coceira, por isso, recomenda-se o uso de repelente.
Inseto vermelho bonito mas perigoso
O inseto de cor vermelha chamado Cissites cephalotes ou ヒラズゲンセイ, de 1,8 a 4 centímetros pode ser encontrado em todo o Japão, especialmente em Shikoku, Kyushu e Okinawa. É preciso ensinar isso às crianças pequenas que tendem a tocá-lo ou querer pegá-lo pela sua cor.
Ele solta veneno amarelo de suas pernas e articulações e, ao entrar em contato com a pele humana, causa inflamação e, às vezes, bolhas.
Pernilongos e mosquito da dengue
Um especialista informou para a NTV que é importante não deixar acumular água no quintal, nos pratos dos vasos das plantas, para evitar a proliferação dos pernilongos e mosquitos da dengue, pois com o aumento dos turistas estrangeiros, é possível que ele seja visto no país.
Ao sair de casa, é importante usar repelente ou, para as atividades outdoor, roupas com efeito repelente, como as desenvolvidas pela marca Workman, para ambos os sexos e todas as idades.
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Fontes: ANN, Yonago Pref., Kumakilla, HC MT Pharma, Dermatol e YTV