O único modelo totalmente elétrico da Mitsubishi, o Airtrek, é substancialmente mais caro do que os rivais, sendo que apenas 515 unidades do modelo foram vendidas em 2022 na China.
Um VE Airtrek da Mitsubishi no Guangzhou Auto Show 2021 (Wikimedia Commons/Nissangeniss)
A Mitsubishi se afastou oficialmente do mercado chinês, com a montadora aparentemente incapaz de manter o ritmo com a competição. Acredita-se que a crescente demanda da China para veículos elétricos (VEs), e a relutância da montadora japonesa em produzi-los, foi um fator importante na decisão.
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Por um longo período, a Mitsubishi foi muito popular na China. Em 2019, a montadora vendeu 134.500 veículos e tinha vários modelos planejados – a maioria dos quais era de modelos híbridos plug-in.
As vendas então caíram acentuadamente. Em 2022, a marca japonesa vendeu apenas 34,5 mil unidades na China, visto que a demanda por carros completamente elétricos aumentou.
O único modelo totalmente elétrico da Mitsubishi, o Airtrek, foi demasiado pouco e demasiado tarde. Substancialmente mais caro do que os rivais, apenas 515 unidades do modelo foram vendidas no ano passado.
Outras fabricantes japonesas também estão enfrentando dificuldades na China. A Nissan, Honda e a Mazda registraram declínio das vendas nos últimos anos. E enquanto a Toyota continua a representar um grande papel no mercado chinês, as vendas caíram pela primeira vez em 10 anos em 2022.
Sem dúvidas, fabricantes japonesas precisam produzir mais VEs e se distanciar de híbridos se quiserem continuar competitivas na China.
A Mitsubishi serve como grande exemplo do que pode acontecer se montadoras forem complacentes, e não é segredo que as fabricantes de carros japonesas citadas estão ficando para trás quando se fala em eletrificação.
Mesmo a Nissan registrou um prejuízo drástico na participação de mercados de VEs, apesar de já ter sido vista como pioneira no espaço através do Leaf.
Fonte: Insideevs